07/10/2019 17h32 - Atualizado em 07/10/2019 18h01

Apenas 12,71% dos eleitores da Comarca de Santa Fé foram escolher novos Conselheiros Tutelares

Santa Fé do Sul registrou o índice mais baixo de comparecimento: 4,63%. Dos 35 eleitos em sete municípios, 30 serão mulheres.
Na eleição deste domingo, 06 de outubro, onde os cidadãos de todo o Brasil foram as urnas voluntariamente para escolher os Conselheiros Tutelares de suas cidades, o que ficou caracterizado na Comarca de Santa Fé do Sul foi a baixíssima presença dos cidadãos no processo de escolha.
 
A Comarca que possui 42.671 eleitores cadastrados, o comparecimento foi de apenas 12,71% (5.425) e no maior colégio eleitoral, Santa Fé do Sul, apenas 1.221 foram votar, ou seja, apenas 4,63% dos 26.042 eleitores do município.
 
Nenhum dos municípios atingiu pelo menos 50% dos seus eleitores, e Santana da Ponte Pensa que tem 1.645 eleitores, nesta eleição o comparecimento foi de 43,34% (713 eleitores).
 
Com presença de 38,24 %, Nova Canaã Paulista registrou votos de 799 eleitores, de um total de 2.089 cadastrados no município.
 
Santa Rita d'Oeste tem um colégio eleitoral de 2.480 eleitores, e neste domingo, para votar nos novos Conselheiros compareceram 28,70%, ou seja 712 eleitores.
 
O segundo maior colégio eleitoral da comarca é da cidade de Três Fronteiras, e 20,50% foram a urnas neste domingo. De 5.066 eleitores, 1.039 foram votar.
 
Na cidade de Santa Clara d'Oeste, onde a votação começou as 08h00m e terminou as 15h00m, o comparecimento foi de 441 eleitores, 19,54% do colégio eleitoral de 2.256 eleitores.
 
Fechando estas estatísticas, a Eleição para escolhas dos novos integrantes do Conselho Tutelar no município de Rubinéia levou 500 eleitores as urnas, 16,16% do total de 3.093.
 
A eleição do Conselho Tutelar, é a eleição mais democrática que existe no Brasil em razão de suas características, objetivos e poder delegado pela sociedade através das eleições aos eleitos. O voto para Conselho Tutelar é de forma autônomo e não obrigatório e o cidadão dá poderes a um cidadão de forma facultativa.

Mulheres serão a mairia nas composições dos Conelhos Tutelares na Comarca de Santa Fé do Sul.
Do total dos 35 eleitos, durante o pleito deste domingo, 06 de outubro, 30 mulheres estarão atuando em suas cidades, e apenas 05 homens estarão compondo os orgãos em seus respectivos municípios.
 
Em Santa Fé do Sul, Três Fronteiras e Rubinéia, os Conselhos terão um representante do sexo masculino e em Santana da Ponte Pensa Serão dois. Nas cidades de Santa Rita d'Oeste, Nova Canaã Paulista, Santa Clara d'Oeste, as composições serão 100% de mulheres.
 
A relação de atividades de responsabilidade do conselheiro tutelar é muito grande. Por isso é importante que os eleitos tenham experiência na área, que sejam de fato comprometidos com a efetivação de direitos e a proteção das crianças e adolescentes e que efetivamente representem a diversidade de suas comunidades, bem como se comprometam a atuar dentro do que é previsto na Constituição Federal e no Estatuto da Criança e do Adolescente.
O Conselho Tutelar é um órgão permanente e autônomo, com representação em todas as cidades brasileiras, dirigido a zelar pelo cumprimento da legislação que trata de direitos das crianças e dos adolescentes. Os conselheiros tutelares são representantes da sociedade civil, eleitos a cada quatro anos e remunerados para desempenharem suas funções junto aos Conselhos, no âmbito do que dispõe a Lei Federal 8.069/1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente).
 
Além de atuarem na proteção de crianças e adolescentes em casos relacionados a violência ou negligência, que são atribuições mais conhecidas do público em geral, os conselheiros são responsáveis pela fiscalização de políticas públicas voltadas à infância e juventude. Por exemplo: devem inquirir os Municípios quanto à existência de vagas suficientes nas escolas públicas (educação infantil e ensinos fundamental e médio), atentar para questões de acessibilidade no caso de crianças e adolescentes com deficiência, cobrar o devido atendimento de saúde para crianças e adolescentes na rede pública, exigir que as cidades ofereçam alternativas de lazer a esse público (atividades culturais e esportivas), verificar se a merenda das escolas está adequada, entre outras funções.
 
Os conselheiros também devem assessorar as gestões municipais e estadual - o Poder Executivo - no tocante ao orçamento dirigido a área da infância e juventude, atendendo o princípio da prioridade absoluta garantido a programas voltados a crianças e adolescentes, conforme dispõe a legislação vigente.