O provedor da Santa Casa de Misericórdia de Santa Fé do Sul nomeou uma comissão para definir o plano de investimentos dos recursos federais que foram destinados para o enfrentamento do Covid 19.
Os recursos foram exclusivamente destinados para novas demandas por eventuais internações de pacientes acometidos do novo coronavírus.
A comissão foi composta pelo Provedor, Funcionários da Administração, Advogado da entidade, representantes da sociedade que integram a mesa diretora da irmandade. Ao todo oito pessoas integram esta comissão.
A plataforma de investimento está sendo apresentada hoje junto a Prefeitura Municipal de Santa Fé do Sul que deverá analisar e aprovar as propostas da Santa Casa.
Este plano inclui a aplicação de R$3.174.400,00 enviados pelo Ministério da Saúde.
Plano de Investimentos:
Equipamentos R$1.880.000
Tomógrafo, raio X digital, respiradores, colchões, cama hospitalar, aspiradores, suporte de hamper, eletrocardiógrafo, desfibrilizador, monitores multiparamétricos, carro maca avançado hidráulico, suporte de soro, lixeiras de contender, carrinho de limpeza completo, central de monitorização, tendas
Materiais de Consumo; e medicamentos e materiais médicos hospitalares:, R$533. 700,00
Despesas com folha de pagamento e encargos com enfermeiros, técnicos ne fisioterapeuta (Rh – recursos humanos): R$208 mil
Contratação de Serviços de Terceiros como plantões médicos ala Covid, Serviços de Exames de Imagens, Exames Laboratoriais: R$552 mil
Outros Recursos: R$456 mil
O Hospital já havia recebido recursos que foram aplicados na reforma da UTI, compra de equipamentos para a Unidade, ampliação de leitos de enfermaria para isolamento de pacientes com Covid, aquisição de respiradores, mudança do Hemocentro para ampliação de mais 03 leitos de UTI.
R$230 mil – Ministério da Saúde
Parte destes recursos já foram utilizados para aquisição de insumos, medicamentos e EPIs para os funcionários o Hospital, o saldo restante estará sendo utilizado para atender a demanda diária do hospital no enfrentamento das doenças.
Esclarecimentos sobre aplicação de recursos em novas contratações.
Rose Paulon explicou que estes recursos do Ministério da Saúde que serão destinados para nova equipe de enfermagem, técnicos e médicos e que infelizmente não serão destinados para elevar os salários dos profissionais do atual quadro de funcionários.
Os novos contratos obedecerão as exigências da CLT, ou seja, além do salário dos novos contratados para tratamento de pacientes com Covid 19, que estabelece pagamento de 40% de insalubridade. “Não poderemos acumular funções dos atuais funcionários que já prestam serviços de enfermagem da Santa Casa”, disse Rose Paulo.
José Biscassi também explicou que a Santa Casa deixou de receber cerca de R$600 mil nos últimos 90 dias, em razão da queda dos atendimentos particulares, convênios e cirurgias eletivas, e que os problemas do hospital continuam, mas os salários dos funcionários estão em dia, as obrigações de pagamento dos plantões ainda tem pendências, e as dívidas com a produtividade dos profissionais ainda continuam.
Biscassi deixou claro que estes valores do Ministério da Saúde não poderão ser destinados para abater nos problemas financeiros que o hospital mantém, como pagar restos de dívidas com os médicos, principalmente. “Se fosse possível utilizar estes recursos, seria a primeira coisa a fazer”, afirmou Biscassi.
O Provedor reiterou que caso não conseguir aplicar todos os repasses no enfrentamento de Covid, o saldo deverá ser devolvido para o Ministério da Saúde.
Caso o Plano seja aprovado, a Santa Casa espera executar até o final de dezembro.
