31/08/2015 10h08 - Atualizado em 31/08/2015 10h14

Crise financeira: Municípios da Região de Santa Fé vão parar veículos dos almoxarifados mais cedo

Máquinas e caminhões só irão funcionar até as 11h00m

Na última sexta feira (28), prefeitos da região se reuniram no gabinete do prefeito Flávio Luiz Renda, de Três Fronteiras, para discutirem estratégias para diminuição de gastos com a máquina pública municipal.

Todos os municípios estão tendo dificuldades para honrar seus compromissos diante da queda de repasse, em tese causada pela crise econômica nacional que está afetando as administrações municipais. Além da crise econômica as transferências de obrigações, como iluminação pública e na saúde acarretaram no aumento das despesas públicas que não estão sendo suportadas pelas receitas atuais.

Os prefeitos decidiram a partir de amanhã, 1º de Setembro, todo maquinário municipal trabalhará das 07 às 11 horas da manhã na tentativa de diminuir as despesas com combustíveis. Estiveram presentes os prefeitos: Flávio Luiz Renda de Oliveira (Três Fronteiras), Ivalderis Molina (Santa Salete), Walter Muller (Santa Rita d' Oeste), Clevoci Cardoso (Rubinéia), Silvano Cezar Moreira (Nova Canaã Paulista), José Aparecido de Melo (Santana da Ponte Pensa), Armando Rossafa (Santa Fé do Sul) e Francisco Airton Saracuza (Urânia).

Outros municípios como Santa Clara, Paranapuã e Santa Albertina, também deverão adotar medidas semelhantes para conter gastos e assim garantir o cumprimento das principais obrigações, como a saúde e a folha de pagamento dos servidores. Diante da atual crise, alguns municípios não descartam o estabelecimento de expediente reduzido em todas as repartições públicas municipais na tentativa de diminuir despesas com energia e telefone.

No mês de agosto estiveram em Brasília cerca de dois mil vereadores em marcha para cobrar mais recursos para os Municípios. Antes deles foram os prefeitos. "Todos os anos, prefeitos e vereadores vão à capital da União aos milhares reclamando a falta de milhões", destacou o jornalista Alexandre Garcia em um de seus comentários sobre a crise econômica.

O jornalista lembrou que é nos Municípios que a vida realmente acontece e onde sai o sustento de todo o País. "Mas a República do Brasil, chamada de federativa, mais parece um Estado unitário se forem feitas as contas da distribuição dos tributos. Até agora, segundo o Impostômetro, os brasileiros já pagaram neste ano R$ 1,303 trilhão em tributos. A União, que é uma só, fica com mais de 60% disso. Os Estados, que são 26 mais o Distrito Federal, ficam com cerca de 25%. E os Municípios, que são 5.570, ficam com o resto (15%)."