01/08/2019 06h41 - Atualizado em 01/08/2019 06h41

Dono do Grupo Petrópolis é considerado foragido após prisão preventiva ser decretada,

Agentes da Polícia Federal vistoriaram imóvel e lancha de empresário da Cervejaria Império em Santa Fé do Sul.

O empresário Walter Faria está foragido. Com a prisão preventiva decretada pela juíza Gabriela Hardt, da 13.ª Vara Federal de Curitiba, o empresário dono do Grupo Petrópolis, apontado como “grande operador de propina” do esquema Odebrecht instalado na Petrobras, conseguiu escapar ao cerco da Polícia Federal. (com site exame/abril.com.br)

Os agentes foram à sua residência, na cidade de Boituva, interior de São Paulo, logo cedo nesta quarta-feira, 31, mas ele não estava mais. Oficialmente, ele é dado como foragido da Lava Jato.

Na cidade de Santa Fé Do Sul os agentes da Polícia Federal cumpriram mandados de busca e levaram ddocumentos em uma propriedade de empresário Cleber Faria, dono da Cervejaria Império ligado ao grupo Petrópolis e que também está sendo investigado na 62ª Operação da Lava Jato - Rock City.

O imóvel está localizado às margens do Rio Paraná - Vale do Sol (Ilha) que está em fase de construção. Uma lancha que está atracada no bairro Águas Clara também foi vistoriada no início da manhã de quarta-feira (31) pela PF.
A prisão de Walter Faria foi decretada no âmbito da Operação “Rock City”, fase 62 da Lava Jato, que investiga rede de propinas da Odebrecht por meio de doações eleitorais do Grupo Petrópolis.

Walter Faria, controlador do grupo, usou ainda conta na Suíça para intermediar o repasse de mais de US$ 3 milhões de propina relacionadas aos contratos dos navios-sonda Petrobrás 10.000 e Vitória 10.000.

Segundo a investigação, por meio das empresas Praiamar e Leyroz Caxias, o Grupo Petrópolis foi utilizado pela Odebrecht para realizar, entre 2008 e 2014, “pagamentos de propina travestida de doações eleitorais, no montante de R$ 121.581.164,36”.

A força-tarefa da Lava Jato revela que Walter Faria, em conjunto com outros cinco executivos do Grupo Petrópolis, “atuou em larga escala na lavagem de centenas de milhões de reais em contas fora do Brasil e desempenhou substancial papel como grande operador de propina”.

“Conforme apontam as provas colhidas na investigação, Walter Faria, em troca de dólares recebidos no exterior e de investimentos realizados em suas empresas, atuou para gerar recursos em espécie para a entrega a agentes corrompidos no Brasil e entregar propina travestida de doação eleitoral no interesse da Odebrecht e transferir, no exterior, valores ilícitos recebidos em suas contas para agentes públicos beneficiados pelo esquema de corrupção na Petrobras”, afirmam os investigadores.

Defesa
Em nota, o Grupo Petrópolis afirmou: “O Grupo Petrópolis informa que seus executivos já prestaram anteriormente todos os esclarecimentos sobre o assunto aos órgãos competentes. Informa também que sempre esteve e continua à disposição das autoridades para o esclarecimento dos fatos”.

Balanço
Valor apreendido: R$ 243.355,00;
– Foram apreendidos: mídias, celulares, HD’s, documentos e contratos de mútuo;
– Três prisões temporárias cumpridas: em Itu/SP, Boituva/SP e Porto Feliz/SP.