28/05/2020 06h38 - Atualizado em 28/05/2020 06h52

Doria anuncia flexibilização da quarentena no Estado a partir do dia 1º de junho

Plano passa por uma fase chamada "retomada consciente", que vai durar 15 dias, com a reabertura da economia por setores.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nesta quarta-feira, 27, a flexibilização da quarentena para o interior de São Paulo, com novas regras que passam a valer a partir do dia 1º de junho. Capital, região metropolitana e litoral continuam com regras rígidas. "Estamos anunciando a retomada consciente a partir de 1º de junho. Manteremos a quarentena até 15 de junho, mas com a retomada de algumas atividades econômicas", disse Doria. ( com diário da região)

De acordo com Doria, a retomada será dada nas cidades que tiverem redução consistente no número de casos, nas que tiverem disponibilidade de leitos nos hospitais públicos e privados, e nas que obedecerem o distanciamento social. O uso de máscaras continuará sendo obrigatório.

"O vírus afetou fortemente a economia do Brasil e do Estado que lidera a economia do Brasil. Mantivemos 74% das atividades em funcionamento no Estado", disse Doria. O governador acrescentou ainda que a nova fase do Plano São Paulo não é o relaxamento sobre os cuidados sanitários, mas um monitoramento voltado às realidades regionais. "Essa fase seguirá orientação da ciência, medicina e saúde. Será possível nas cidades que tiverem redução dos números de casos e disponibilidade de leitos em hospitais públicos e privados e distanciamento social", afirmou Doria.

Como vai funcionar a retomada das atividades

A secretária de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen, explicou que o plano de retomada da economia está dividido em cinco fases. Esse faseaemento, no compromisso original, tinha quatro fases. Nós incluímos uma quinta fase pela simples razão de que, infelizmente, enquanto não houver vacina nem cura para o vírus, teremos que viver um 'normal controlado'", explicou.

As cinco fases são as seguintes:

1. Alerta máximo - fase de contaminação com liberação apenas de serviços essenciais

2. Controle - Fase de atenção, com eventuais liberações

3. Flexibilização - Fase controlada, com maior liberação das atividades

4. Abertura parcial - Fase decrescente, com menores restrições

5. Normal controlado - Fase de controle da doença, liberação de todas as atividades com protocolos

Patrícia mostrou em uma tabela que, na fase 1, a economia opera apenas com a indústria, comércio e serviços não essenciais. "Na fase 2, que estamos chamando de 'Controle', já iniciamos uma abertura com restrições das imobiliárias, concessionárias, escritórios, comércio e shoppings centers", afirmou. "A ideia é que isso seja feito com restrição de fluxo de pessoas, de horários e também com medidas rígidas de distanciamento", explicou.

A secretária exemplificou citando o caso dos shoppings centers. "Seria um fluxo em torno de 20% da capacidade original, respeitando o distanciamento de 1,5 metro, horário reduzido (funcionamento de quatro horas) e limitação do uso de praças de alimentação", detalhou.

A fase 3, que o governo não detalhou quando iniciará, permite a abertura, com restrições, de bares, restaurantes e similares, além de salões de beleza. As academias só poderão abrir na fase 4. Já a fase 5, prevê a abertura de todos os setores econômicos, incluindo espaços públicos, teatro, cinemas e atividades que promovam aglomeração, incluindo eventos esportivos.