12/11/2014 20h50 - Atualizado em 12/11/2014 20h50

Edinho diz que futuro governador do Mato Grosso do Sul não quer Pedágio na Ponte

Deputado diz que decisão sobre Pedágio pode iparar na Justiça

Faltando oito dias para a abertura do processo licitatório que irá autorizar empresa a explorar através de instalação de praça de pedágio na BR 158 no Município de Aparecida do Taboado, o deputado federal Edinho Araújo (PMDB/SP) reiterou sua posição contraria a instalação da cobrança de tarifa de utilização da Ponte Rodoferroviária que liga os Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul.

Nos últimos dias o Deputado buscou dialogar com o atual e o futuro governador do estado sulmatogrossense e afirmou que a batalha ainda não está perdia, e que vai buscar nos meios jurídicos uma forma de impedir a implantação desta ideia que é uma afronta aos paulistas que pagaram 50% das obras da ponte, enquanto o Matogrosso do Sul não contribuiu com nenhum centavo para a obra.

O deputado estranhou o modelo de contrato proposto no edital, onde a concessionária que vencer o certame terá o direito de explorar o pedágio por 25 anos renovável pelo mesmo período.

Edinho apresentou uma Lei que aguarda manifestação do Senado onde indicar a federalização da manutenção da ponte e desautorize a instalação da praça de pedágio. Não me lembro de nenhuma consulta popular ou audiência pública realizada para discutir a hipótese de implantação desta praça de pedágio, disse Edinho que deverá propor uma ação civil para cessar o processo licitatório marcado para o dia 20 de novembro.

Segundo o deputado federal, o governado eleito no segundo turno das eleições Reinaldo Azambuja que é do PSDB se mostrou contrário a esta instalação e também obteve apoio do deputado Dagoberto Nogueira que retorna em 2015 ao Congresso Nacional e se posicionou contrário a instalação do pedágio.

O Auto Posto Paulistão de Santa Fé do Sul conseguiu registrar mil assinaturas dos usuários da Ponte manifestando-se contrários a iniciativa dos governos do estado de Mato Grosso do Sul e Federal.

Estou esperançoso e vou continuar a luta na esfera política e na justiça e tenho expectativa de conseguiremos reverter essa situação que só vem prejudicar a população dos dois estados, finalizou Edinho Araújo.

Edinho também solicitou estudos a advogados especializados em administração pública sobre a possibilidade de ir à justiça contra essa cobrança. Ao mesmo tempo a assessoria técnica da Câmara Federal, a pedido do deputado, está estudando outras alternativas legais.

“A abertura da licitação é um retrocesso. Essa cobrança não interessa a São Paulo nem à população do Mato Grosso do Sul. Sigo pressionando o governo federal a rever esse acordo, antes que se conclua a licitação”, afirmou o deputado.

A decisão de instalar o pedágio choca-se com um projeto de autoria de Edinho, em fase final de tramitação. A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara Federal aprovou em 02.07.2013 o Projeto de lei nº 1.433/11, que federaliza a ponte Rodoferroviária, transferindo sua manutenção regular para a União.

O projeto, que já havia sido aprovado na Comissão de Viação e Transportes da Câmara, seguiu para o Senado Federal, e não precisará passar pelo Plenário.

“O acordo entre Mato Grosso do Sul e o governo federal atropela esse projeto, que é a melhor solução para manutenção da ponte sem penalizar o cidadão que precisa cruzar a fronteira”, destaca Edinho, alertando que a cobrança irá encarecer o frete e, consequentemente, o preço final de diferentes produtos.

Além disso, justifica Edinho, o pedágio vai frear o processo de franca integração e o intercâmbio turístico, cultural e econômico entre o Noroeste Paulista e o Estado vizinho.