16/12/2019 06h56 - Atualizado em 16/12/2019 06h56

Eleições 2020 / Em entrevista, Rodrigo "Jão" (PTB) diz se vai disputar a Prefeitura de Santa Fé

Advogado e Professor Universitário, foi vereador por duas vezes e disputou a eleição para Prefeitura em 2008 e foi candidato a vice em 2012.

O informamais entrevistou Rodrigo Antonio Correa – Rodrigo Jão sobre as eleições de 2020, e perguntou se ele tem pretensões de concorrer ao pleito e ao cargo majoritário de Prefeito. O Político e Professor Universitário, e agora também colunista da Radio Jovem Pan disse que "acredita que não será candidato", e que no futuro pretende participar politicamente de maneira mais efetiva. Rodrigo Jão, com experiência de quem já foi vereador por dois mandatos consecutivos e concorreu ao cargo de prefeito e de vice, analisou os aspectos prioritários que Santa Fé do Sul deveria se desenvolver e faz uma analise do perfil de um administrador público, considerando as dificuldades financeiras que passa o País e elege o planejamento e a organização para o sucesso de um governo.

Carreira Política.
Rodrigo Antonio Correa atualmente está filiado ao PTB, (14), e no ano de 2000 foi eleito para o seu primeiro mandato de Vereador por Santa Fé do Sul, quando obteve 561 votos, 3,575% dos válidos, em 2004 garantiu sua reeleição á casa legislativa recebendo nas urnas 672, 3,998% dos válidos. Em 2008 foi candidato ao cargo de Prefeito e ficou em segundo lugar com 35,25 dos votos válidos, ou seja votaram em Rodrigo 6.236 eleitores, naquela eleição Toninho Favaleça do PSDB foi o eleito. Em 2012 foi vice na chapa de Juninho Zocarato (MDB) que ficou em segundo lugar na disputa com o tucano Armando Rossafa.


Entrevista com Rodrigo "Jão" para o site informamais.
Dado a sua marcante Participação política e social na cidade, o senhor tem pretensões de concorrer ao pleito de 2020?


Rodrigo Jão - Em 2020 acredito que não! Assim como na Administração Pública, na vida também temos que eleger nossas prioridades e foi isso que fiz nos últimos anos. Após ter dado minha contribuição como Vereador, Presidente da Câmara e me colocado a disposição como candidato a Prefeito, decidi nos últimos anos, priorizar minha família e minha profissão, afinal, o tempo passa muito rápido. Tenho no dia a dia concentrado meus esforços nos cuidados com meus filhos (carinho e educação), nos estudos (gosto muito de estudar), no zelo e responsabilidade com meu trabalho, tudo isso é claro, sem se descuidar do que tem acontecido no Município. Acredito que daqui alguns anos, se Deus permitir, conseguirei participar de maneira mais efetiva da vida política da cidade.

Como o senhor analisa o momento econômico dos municípios e como o gestor deve estar a frente de uma administração?


Rodrigo Jão - A situação econômica dos Municípios, já não é de hoje, é muito difícil. São muitos afazeres e pouco dinheiro. Diante disso, um Prefeito tem que ter como diretrizes obrigatórias 04 premissas: Planejamento, organização, criatividade e sensibilidade. É certo que um Prefeito não deve fazer tudo o que as pessoas querem e sim, o máximo do que elas necessitam, logo, governar é eleger prioridades. Enfim, acredito que se um gestor fizer um bom planejamento, estabelecendo metas e objetivos claros, cuidar de perto da organização de seu governo, saber conduzir e entusiasmar sua equipe, for sensível aos problemas da comunidade e for criativo, as chances de dar certo serão grandes.

No seu contexto, como o senhor enxerga as prioridades do município de Santa Fé do Sul?


Rodrigo Jão - Confesso que me faltam dados mais precisos sobre alguns assuntos, mas a grosso modo, penso que o Prefeito está se esforçando para fazer um bom trabalho. Ouço críticas e elogios à atual administração e lembro que isso é absolutamente normal em um país democrático como o nosso. Em relação às prioridades é obvio que isso é muito subjetivo, cada um pensa de uma forma, mas penso que falta a definição de uma grande missão para nosso Município. É certo que o turismo é um dos trunfos que nossa cidade possui, mas também acho que não é só isso. Nossa cidade precisa definir de forma clara onde quer chegar, precisa de um Projeto coeso e sustentável, definir exatamente como quer ser conhecida, o que pretende fazer para gerar emprego e renda, demonstrar porque as pessoas devem conhecer Santa Fé, assim como fez por exemplo, as cidades de Aparecida do Norte/SP, Caldas Novas/GO, Barra Bonita/SP e Gramado/RS. Todas essas cidades possuem uma missão, tanto que já são conhecidas a nível Nacional.
O turismo é o grande potencial de nossa cidade e a meu ver pode ser explorado em várias frentes, não apenas no turismo de descanso, pautado pela pesca e pelos ranchos, Santa Fé pode muito mais, basta haver criatividade. Existem muitos outros nichos, como por exemplo, o Turismo de Negócios, infantil, educacional, entretenimento, enfim, a vontade e a criatividade podem gerar muito desenvolvimento, porém, deve haver uma definição neste sentido.

Todos cobram dos administradores em todas as esferas a diminuição do custo da máquina pública, o senhor acha possível fazer isso em Santa Fé do Sul.


Rodrigo Jão -  É claro que sim! Volto a dizer, planejar e organizar são fundamentais para uma administração. Quanto melhor você planeja e segue o planejamento feito com rigor e organização, menos você gasta. Experimenta construir uma casa sem fazer um Projeto e um orçamento para ver, certamente você vai acabar gastando o valor de duas casas. É preciso conhecer bem de perto a forma com que os serviços públicos são prestados e a partir daí, fornecer treinamento, capacitação, conscientização, melhorar a logística, enfim, é possível economizar sim.

Considerações finais sobre as perspectivas políticas para 2020 no âmbito de Santa Fé do Sul.

Rodrigo Jão - Gostaria muito de ver vários candidatos disputando a eleição. Sei que isso é difícil de acontecer, no entanto, acredito que isso faria bem para Santa Fé. Sempre defendi que o debate de ideias e projetos é fundamental para uma cidade que quer se desenvolver e se consolidar como uma referência em administração. Nossa cidade teve bons Prefeitos, porém a polarização fez como que muitos bons Projetos não tivessem continuidade por questões políticas. Isso tem que acabar! Se a ideia é boa e o projeto é bom, deve seguir em frente, não importa quem deu início, isso é pensar no coletivo, é pensar nas pessoas. Já passou da hora de os Prefeitos pararem de brigar por causa da cor da cidade.