14/08/2020 15h03 - Atualizado em 14/08/2020 15h03

Em queda os casos positivos de Covid em Santa Fé do Sul: em uma semana 47 novos casos positivos

Profissionais da Saúde da Região de Rio Preto faz carta aberta pedindo endurecimento das medidas restritivas de combate a pandemia.
Em uma semana foi registrado 47 novos casos positivos de Covid 19 em Santa Fé do Sul, uma média de 6.7 casos por dia. No dia 7 foram apontados 523 casos positivos, hoje (14) estão contabilizados 570 casos desde o início da pandemia. Em algumas semanas do mês de julho a media diária chegou a 20 novos casos.
 
Em relação a quantidade de pacientes curados, nesta semana 104 pessoas se curaram da doença após tratamento em isolamento domiciliar ou hospitalar.
 
429 pacientes foram salvos do novo coronavírus, e nesta semana uma paciente de 80 anos de idade que permaneceu 40 dias internada na Santa Casa, sendo 24 dias entubada, recebeu alta e venceu a batalha contra a Covid.
 
Apesar de em alguns da semana apresentar queda do número de pacientes em investigação, hoje a Secretaria da Saúde aguarda exames de 102 pacientes, no dia 7 de agosto eram 103.
 
Em uma semana registrou-se lamentavelmente mais duas mortes, de 20 na sexta passada para 22 hoje. 01 óbito ainda segue em investigação.
 
Santa Casa
O Fluxo de pacientes na Santa Casa nesta sexta feira (14) é de 8 internações, com 05 na enfermaria e 03 na UTI. 07 pacientes são de Santa Fé do Sul e 01 de Três Fronteiras. Apenas 02 são suspeitos, os demais confirmaram estar positivo para Covid.
 
O Hospital possui 05 leitos de UTI para Covid e 10 na enfermaria. Há 12 respiradores mecânicos na Santa Casa.
 
Profissionais de saúde assinaram uma carta aberta aos prefeitos e gestores de saúde da região de Rio Preto em que pedem medidas de isolamento rígido (lockdown) para conter o avanço da Covid-19.
 
Ao todo, 47 profissionais assinaram a carta, entre eles a chefe da UTI do Hospital de Base e Presidente da Associação Brasileira de Medicina Intensiva, Suzana Margareth Lobo.
 
A carta tras argumentos de experiências internacionais, respaldadas por estudos epidemiológicos, "têm demonstrado que somente a implantação de um isolamento radical (lockdown), a testagem em larga escala e a informação/educação da população, enquanto não houver uma vacina e um medicamento eficaz contra a doença, será capaz de diminuir as taxas de transmissão e, consequentemente, de mortes."
 
"Entendemos que, para além dos esforços já realizados de garantir atendimento de qualidade e humanizado, de aumentar leitos de enfermaria e UTI aos pacientes mais graves, é necessário, urgente, medidas radicais que façam diminuir a circulação do vírus", diz o documento.
 
Os profissionais também afirmam que estão trabalhando no limite de suas capacidades físicas e mentais.
 
"Nunca vivenciamos tantas mortes de pessoas da mesma família em um curto espaço de tempo. Precisamos estancar e diminuir a transmissão do vírus para que os nossos serviços possam voltar a atender com qualidade e segurança, não só a Covid-19, mas outras enfermidades que continuam a acometer nossa população e para que todos os setores da nossa economia possam voltar às atividades de forma organizada e segura", diz o documento.