Depois de uma longa espera enfim os representantes da APROPESC, AB Tilápia, responsáveis pela maior polo produtor do Estado de São Paulo foram recebidos na tarde desta quinta feira (18) na sede da Casa Civil do Governo Paulista.
Os Piscicultores tiveram um reforço nas reivindicações: os representantes do Departamento Hidroviário que já demitiu cerca de 3.850 funcionários devido à paralisação do transporte da Hidrovia Tiete/Paraná, por conta do baixo nível do reservatório, sendo o maior prejudicado na atual Crise Hídrica.
Participaram da reunião, além dos Piscicultores, o subsecretário da Casa Civil do Estado de São Paulo, Leandro Mendes, secretário adjunto de Logística e Transportes de São Paulo, Moacir Rossetti, presidente da Cesp (Companhia Energética de São Paulo) Almir Martins e o diretor do Departamento Hidroviário, Casemiro Tércio Carvalho.
Emerson Esteves, presidente da Câmara Setorial do Pescado relatou que os representantes do Governo de São Paulo mostraram que estão tentando desde o início do ano, conscientizar o Governo Federal através da ANA – Agencia Nacional das Águas e o Operador Nacional do Sistema Elétrico de que o reservatório de Ilha Solteira não poderia operar abaixo da cota mínimo, ou seja, 323, mas não foram atendidos.
Na próxima semana é aguarda uma audiência no Ministério de Minas e Energia para solicitar junto a ANA e o O N S , onde os Hidroviários e os Piscicultores vão pedir mais uma vez que o nível volte ao normal, para resguardar o uso múltiplo do reservatório. O encontro está sendo agendado pelo deputado federal Edinho Araújo (PMDB).
Nas últimas 24 horas o nível subiu cerca de quatro centímetros, provavelmente resultado de alguma medida adotada pela UHE de Ilha Solteira, que diminui a vazão de água para a produção de energia. Foi estabelecido também um acordo entre a CESP e o Governo, onde nos próximos vinte um dias os reservatórios de Hidrelétricas instalados em São Paulo diminuam a vazão para compensar o baixo nível do reservatório de Ilha Solteira.
Esteves também disse que os piscicultores já planejam uma nova manifestação pública caso as reivindicações não forem atendidas em Brasília e São José do Rio Preto poderá ser o local escolhido para o Protesto. “A intenção é de chamar a atenção da opinião pública para o problema que afeta o comércio e toda a cadeia produtiva do pescado, do lazer, da pesca esportiva e do turismo regional”, afirmou Emerson.