14/07/2015 17h35 - Atualizado em 14/07/2015 17h37

Fernandópolis / Funcionários da Santa Casa ameaçam entrar em greve

Os servidores reclamam que estão com o salário referente à junho atrasado

Em assembleia realizada há pouco defronte à Santa Casa de Fernandópolis, um grupo de funcionários do hospital decidiu, em comum acordo com o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde-SinSaúde, paralisar as atividades se suas reivindicações não forem atendidas dentro do prazo legal de 72 horas.

Os servidores reclamam que estão com o salário referente à junho atrasado, pois o mesmo deveria ser ter sido pago no quinto dia útil deste mês. O presidente do sindicato, Aristides Agrelli Filho, se deslocou de São José do Rio Preto até Fernandópolis para a realização da Assembleia, após queixas dos funcionários de que um aviso foi afixado no mural do hospital alertando que os salários somente seriam pagos após o dia 20.

“Esse atraso gera uma confusão na cabeça do trabalhador, que tem contas pra pagar.Essas contas vencem e o funcionário não é ressarcido pela instituição pelo pagamento dos juros”, afirmou Agrelli.

Procurada pelo RN, a provedora Sandra Regina de Godoy prometeu que a partir do dia 17 o salário estará na conta do funcionário e que o atraso é resultado, principalmente, do atraso do repasse do SUS ao hospital. Segundo ela, a primeira receita que entrar na conta da instituição será para o pagamento do funcionalismo. 

“A difícil situação financeira dos hospitais e instituições filantrópicas do país não é segredo pra ninguém, e nossa realidade não é diferente. A população também tem que saber que os repasses milionários que o hospital tem recebido recentemente, através de emendas parlamentares, é para custeio e manutenção, e não para pagamento de salários. Mas os funcionários podem ficar tranquilos que vamos honrar com nosso compromisso”, enalteceu a provedora. 

O presidente do Sindicato chegou a denunciar à nossa reportagem que os funcionários haviam sido ameaçados a votarem por um aumento de apenas 6% da categoria, e quem não o fizesse, seria demitido. O fato foi negado veementemente pela diretoria da Santa Casa.

(regiãoo noroeste)