A audiência desta segunda feira (6) na sede do JBS serviu apenas para que a comitiva com integrantes da prefeitura de Santa Fé do Sul, Câmara Municipal, Associação Comercial e Empresarial e Sincomércio, deputados de São Paulo que representam a cidade e a região, ouvisse do diretor-presidente da divisão de carnes do frigorífico JBS Renato Costa e do assessor jurídico Marcelo Proença que a culpa da decisão de fechamento da empresa instalada em Santa Fé do Sul é "da crise econômica e da falta de flexibilidade do CADE" - Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) que é uma autarquia federal brasileira que não abre mão de diminuir as exigências de manter níveis altos de abate e aplicação de pesadas multas.
Mesmo assim o prefeito de Santa Fé do Sul Ademir Maschio considerou a reunião proveitosa, porque pode conhecer os argumentos dos representantes do JBS. " Também foi uma boa a reunião, porque serviu para mostrar a força política de Santa Fé do Sul e da região, que contou com o apoio e a presença do deputado federal Fausto Pinato (PP), dos deputados estadual Itamar Borges (PMDB) e Carlão Pignatari (PSDB), do prefeito de São José do Rio Preto Edinho Araújo (PMDB), do presidente da Associação Comercial e Sincomércio Norio Kobaysahi e dos vereadores Evandro Mura, Marcelo Favaleça, José Rolemberg, Ronaldo Lima, Leandro Magoga, Ronaldo Lima, Jhonatan Magalhaes e Renato Ferraz", disse.
"Os diretores do JBS reiteraram que o fechamento da unidade é culpa da crise econômica e as severas exigências do CADE", disse o chefe do executivo santafessulense.
O assunto também fez parte da pauta de uma reunião na sede da FIESP na capital paulista onde também levou ao conhecimento do ministro da agricultura Blairo Magi, do presidente da FIESP Paulo Skaf e outras autoridades o triste fechamento da empresa que deixou 620 pessoas desempregadas. Foi entregue o pedindo apoio ao movimento coletivo que pede a reabertura do frigorifico.
Nesta quarta feira (8), as 14h00m, os representantes santafessulense estarão em Brasília para ouvir a versão dos auditores do CADE e apresentarão os argumentos da empresa JBS que alega falta de flexibilidade do órgão federal. O JBS também fechou outras duas unidades: Cachoeira Alta e Coxim. "Após ouvir os auditores do CADE poderemos tirar nossas conclusões e continuar buscando alternativas para conseguir a reabertura da planta do frigorificio", comentou Maschio que deverá voltar a sede do JBS para expôr os argumentos do CADE e ainda sonha com a volta dos empregos.
