15/08/2019 12h04 - Atualizado em 15/08/2019 12h59

Mura do Solidariedade afirma que é pré-candidato do grupo de oposição e deverá enfrentar Ademir(DEM)

O atual vereador de Santa Fé do Sul tenta obter apoios do MDB e do PSL.
O vereador Evandro Farias Mura irá disputar a Prefeitura de Santa Fé do Sul, o que não é novidade pra ninguém, pois desde quando se reelegeu para o segundo mandato de vereador em 2016, como o candidato mais votado, o presidente do partido Solidariedade já havia antecipado que não seria mais candidato a vereador, e que iria alçar voos mais altos, e já dava mostras que em 2020 iria disputar um cargo no executivo. Mura também já havia sinalizado no início do seu segundo mandato que também não pretendia emprestar seu nome como vice em uma chapa nas próximas eleições.

Em 2016 Mura que havia sido sondado para postular como vice em uma das chapas que concorreram ao cargo majoritário, declinou de convites. A última Eleição teve como vencedores os candidatos Ademir (DEM) e Alcir (PSDB). As outras chapas concorrentes foram Faíco e Maria Alice (MDB) e Elena Rosa (PTN) e Zezinho (PHS). Mura foi o mais votado para vereador com 1.239 e esteve na coligação do candidato do MDB.
 
O pré-candidato do Solidariedade que deverá enfrentar o atual Prefeito Ademir Maschio (DEM) que deverá disputar a reeleição anunciou esta semana que já tem apoios para a concretização de sua candidatura para disputar o próximo pleito municipal. Mura tem apostado no apoio de blocos oposicionistas e revelou que o PSL do Presidente Bolsonaro, com apoios do senador Major Olimpio, do deputado federal Coronel Tadeu, do presidente local do diretório Murilo Basi, com quem Mura tem desfilado em vários eventos na cidade, espera ter hipotecado seu nome para das eleições de 2020.
 
O vereador mais votado em 2016, adiantou também que tem o MDB, partido de oposição, como mais um aliado no seu projeto político, e que já se reuniu com o deputado estadual Itamar Borges e com o atual presidente da sigla emedebista, Felipe Amaral, e adiantou que é pré-candidato a prefeito de Santa Fé do Sul. "Sou candidato do grupo oposicionista que tem os partidos Solidariedade, MDB e PSL e outros diversos partidos", adiantou Mura.
 
Ao afirmar quais serão seus possíveis aliados na próxima eleição, o atual vereador elenca os representantes destes partidos que teoricamente estarão lhe apoiando em 2020: Itamar Borges, Felipe Amaral e José Rollemberg (MDB), Murilo Basi (PSL) e o seu partido, o Solidariedade. "Já tivemos algumas conversas e ficou pacificado que somos um único grupo de oposição e que serei o pré candidato a prefeito por esse grupo", ratificou em entrevista concedida a Rádio Jovem Pan no início da semana.
 
Como dizia um político famoso de outrora, Política é como nuvem, muda-se de formas em milésimos de segundos, e o vereador Mura também deve estar se revestindo de alguma cautela, pois até 2020 muitas coisas devem surgir até as definições de candidaturas.

Avaliando 
O atual Prefeito Ademir Maschio (DEM) venceu o pleito de 2016 com 57.92% dos votos, ou seja 9,985 votos. Os oponentes Faíco e Maria Alice receberam 32.28%, ou seja 5,565 votos e Elena Rosa e Zezinho 9.80%, com 1,689 votos nas urnas. Naquela apuração, se juntados os votos dos oposicionistas (42,08%), estes não seriam suficientes para vencer Maschio.
O cenário que se analisa, é se em três anos de governo, o desgaste pelo poder provocará uma derrota do grupo que apoia Maschio e que a três eleições não perdeu as disputas, com três nomes diferentes: Toninho Favaleça, Armando Rossafa e Ademir Maschio. Ademir manterá o grupo apoiando sua provável tentativa de reeleição?
 
Evandro Mura busca consolidar um grupo e também apoio financeiro. A mais provável estratégia de Mura é atrair o partido do atual presidente, PSL e convencer o MDB de ter o apoio do partido mais tradicional de Santa Fé do Sul.
 
No plano politico partidário, há que se analisar as esferas superiores dos partidos. Por exemplo como fica o DEM, um dos partidos de sustentação com cargos importantes no Governo Bolsonaro (PSL) e que é o partido do atual prefeito de Santa Fé do Sul que tem como padrinho político, o vice governador de São Paulo Rodrigo Garcia
 
No cenário local já circulou como uma novidade na Política o Empresário Vinicius Biltches Paulino ( Vinicius da Mola) que poderia estar entre os nomes do partido PSL na próxima disputa municipal.
 
Mura tenta pacificar estes e outros apoios que serão importantes na definição.
 
Mas há também apostas que um terceiro candidato a prefeito pode aparecer nas urnas, e o que se comenta é que Milaine Calazans do PRB que disputou as eleições de 2018 para o cargo de deputada federal, e de lá pra cá continuou sua atuação na sociedade se apresentando em ações sociais, politicas, empreendedorismo e é líderança do partido na ala feminina, e tem aumentado o número de filiados da sigla e poderá estar na disputa. Milaine Calazans do PRB recebeu 15,75% dos votos santa-fe-sulense em 2018, ou seja 2.357. O total geral de votos recebidos foi de 6.186.
 
O nome da Professora do Unifunec também é sondado para integrar uma das chapas a vice-prefeita. Milaine é esposa do atual Secretário de Agricultura Zé Emidio Calazans que ocupou a cadeira de suplente de vereador por dois anos e o parentesco com Edinho Araújo também pode favorecer o planejamento do seu projeto político. O Legislativo também poderia figurar no projeto de Milaine, um condição um pouco remota.
 
O MDB que mudou de comando, agora dirigido por Felipe Amaral, já declarou que a definição da forma que o partido concorrerá ao próximo pleito começará apenas em janeiro de 2020.
 
Em sua posse como presidente o mandatário emedebista afirmou que o partido terá candidato a prefeito, "honrando sua rica trajetória politica na Estância Turística".
 
Ao pleitear a presidência do Partido do deputado Itamar Borges, o nome de Amaral se apresentou como uma possível novidade para disputar a prefeitura municipal. Houve quem dissesse que em um encontro casual entre Felipe e o atual prefeito Ademir Maschio, o MDB poderia ceder o vice na provável disputa a reeleição de Ademir Maschio, uma inusitada ideia que reuniria antigos aliados como em épocas passadas, que hoje são ferrenhos adversários políticos desde a eleição de Itamar Borges (prefeito de três mandatos) para Assembleia Legislativa de São Paulo e o grupo do ex-prefeito por dois mandatos, Toninho Favaleça. Cedendo o vice para Ademir, o MDB teria o apoio dos tucanos e demistas em 2024.
 
Como disse nesta matéria, muita coisa ainda pode acontecer, e as nuvens do céu e as águas que passam por baixo da ponte provoca o sentimento de total indefinição no quadro político para 2020, e o que resta é esperar para ver, e aos concorrentes, restarão aceitar o resultado soberano das urnas, e o que devemos apostar com 100% de certeza, como diz um experiente político santa-fé-sulense, é de que o novo prefeito de Santa Fé do Sul será aquele que tiver mais votos na contagem final do pleito.