05/12/2014 16h43 - Atualizado em 05/12/2014 16h43

Não ao Pedágio / Manifesto contra pedágio na Ponte Rodoferroviária reúne políticos e lideranças

AMOP promete entrar com três ações em Brasilia na próxima semana contra praça de pedágio

Deputados paulistas que representam a região noroeste de São Paulo em Brasília e na Assembleia Legislativa de São Paulo mobilizaram prefeitos, vereadores, associações rurais, comerciais, empresários na manhã desta sexta feira (5) para protestar contra a instalação da Praça de Pedágio na BR 158 no município de Aparecida do Taboado (MS).

A medida já está em fase final de licitação, que foi iniciada em 20 de novembro e deverá iniciar a cobrança no começo de 2015. O Governo do Estado ainda não divulgou a empresa que será responsável pela administração da praça de pedágio.

O Deputado Federal Edinho Araújo (SP) já ingressou uma Lei que está em análise no Senado Federal que pede a Federalização da manutenção da Ponte sem a cobrança de tarifas. Edinho lembra que a obra custou R$550 milhões ao governo federal e o governo Paulista sem nenhuma contribuição do estado vizinho. Será uma grande derrota para a região se o pedágio for instalado, disse Edinho.

manifesto contra o pedágio na ponte

O deputado Itamar Borges (PMDB) também esteve na manifestação reforçou a luta contra o Pedágio, e disse que a cobrança pretendida representa uma injustiça ao Estado de São Paulo que pagou a conta da construção. Itamar lembrou que não justifica a cobrança de pedágio em uma obra bancada com recursos públicos. Esta medida causará um grande impacto econômico para o transporte de cargas, trabalhadores e estudantes que utilizam aquela ponte.

O deputado federal Eleito Fausto Pinato veio apoiar a manifestação e lamentou que o Governo do Mato Grosso do Sul não foi coerente em querer explorar o local com a cobrança de pedágio sem ter colaborado financeiramente na construção da ponte.

liberato

O presidente da AMOP – Associação dos Municípios do Oeste Paulista, Liberato Rocha Caldeira, ex-prefeito de Valentim Gentil, disse que da luta da associação para derrubar a ideia da instalação da Praça de Pedágio no município de Aparecida do Taboado não terminou e na próxima semana irá protocolar mais três ações da PGR – Procuradoria Geral da República e no Tribunal de Contas da União – TCU.

Os advogados da AMOP considera a Instalação Inconstitucional, por que a Ponte Rodoferroviária não consta no PNV – Plano Nacional Viário e que se torna ilegal a cobrança de pedágio na localidade pretendida pelo governo sul-matogrossense.

Para Liberato, a abertura da Licitação “cheira mal”, pois acontece a menos de sessenta dias de encerrar um governo e cobrou das associações dos municípios sul-matogrossense que mostrem a cara e lutem contra essa Praça de pedágio. Se não conseguir sensibilizar as autoridades nos meios judiciais, iremos radicalizar, disse o presidente e não descartou fechar o trafego da ponte em outra ocasião. A AMOP é contra o pedágio no Mato Grosso do Sul e no estado de São Paulo.