12/06/2019 10h00 - Atualizado em 12/06/2019 10h00

Paranapuã/Polarini será investigado em denúncia de desvio de dinheiro público em arrastões da dengue

Servidor Municipal alega que empresas contratadas não realizaram os serviços feitos por funcionários da prefeitura. Desvios seriam de R$20,2 mil.

A Câmara de de Vereadores de Paranapuã (SP) vai investigar suposto crime de improbidade administrativa que teria sido praticado pelo prefeito Sergio Antonio Polarini (PSD).

Na última sessão ordinária do dia 10 de junho, segunda-feira, os vereadores aprovaram o Requerimento dos vereadores  Hélio Yukio Shimazu, Lorivaldo Silvestre de Oliveira e Tiago Martinez Gentine Figo, que tendo tomado ciência da denúncia apresentada pelo Senhor Fabrício Aparecido Vianna, em desfavor do Prefeito Municipal, pediram a criação de Comissão Especial de Inquérito - CEI com o fim específico de apurar as supostas denúncias.

A denúncia

A denúncia foi apresentada por escrito no Legislativo da cidade pelo Servidor Público Fabrício Aparecido Viana onde ele aponta possíveis irregularidades cometidas pelo chefe do Poder Executivo Municipal que teriam sido cometidas nos Arrastões para o combate a focos do mosquito transmissor da dengue, zika e febre chicungunha. A denúncia pede que os vereadores investiguem dois dos arrastões realizados no exercício de 2018.

O servidor alega nos arrastões realizados entre julho e agosto de 2018, foram utilizados servidores da prefeitura; do ESF e do Almoxarifado com a utilização de veículos da prefeitura, ele anexa também fotos publicadas no facebook do ESF com a presença dos servidores trabalhando nos referidos arrastões, afirmando que não houve a participação de empresas terceirizadas contratadas pelo poder público.

O servidor público Fabrício Viana indica na sua denúncia que foram feitos pagamentos à duas empresas, uma de Santana da Ponte Pensa e outra de Santa Fé do Sul no valor de R$20,2 mil, que segundo denunciante os serviços não foram executados por elas, caracterizando na sua opinião, ato de improbidade administrativa por “desvio de dinheiro público”.

As empresas investigadas

O responsável por uma das empresas investigadas é de Santa Fé do Sul (Maria de Lurdes Basi – MEI) que recebera pelos serviços a importância de R$7.000,00, disse que aguarda a notificação da CEI – Comissão Especial de Inquérito do Legislativo de Paranapuã para se manifestar, mas garantiu que os serviços foram executados por sua empresa e que está tranquilo quanto as denúncias e que irá se manifestar nos autos da investigação.

A Outra empresa investigada é de Santana da Ponte Pensa que teria recebido dois pagamentos pelos serviços de arrastões realizados em 2018 na cidade de Paranapuã. Os pagamentos efetuados pela prefeitura foram para a empresa Maria Rosalina de Freitas – ME nos valores de R$7.800,00 e de R$5.400,00, totalizando R$13,2 mil.

(O Plenário da Câmara de Paranapuã ficou lotada durante a sessão que foi presidida pelo Vereador Valdecir Pinheiro de Azevedo - Esquisito do MDB.)

O Requerimento para constituição de Comissão Especial de Inquérito – CEI, foi aprovado com os votos favoráveis dos vereadores: Antonio Donizete Vicente do Nascimento (PSD), Gilmar de Freitas (PT), Hélio Yukio Shimazu (PSDB), Lorivaldo Silvestre de Oliveira (PRB), Sergio Fernandes da Costa (PSB) e Tiago Martinez Gentine Figo (PSD), e os votos contrários das vereadoras Maria de Lourdes Pereira Galbero (PSD)  e Maria José Aparecida Capelli Martin (MDB).

Os partidos indicaram os Edis Lorivaldo Silvestre de Oliveira – PRB, Sergio Fernandes da Costa – PSB e Tiago Martinez Gentine Figo – PSD, para comporem a Comissão Especial de Inquérito, definindo que ocupariam os cargos de Presidente, Vice-Presidente e Relator, de forma respectiva.