De autoria do deputado federal Fausto Pinato, a Lei que cria o Dia da Imigração Chinesa está sendo comemorada em todo o País por chineses e brasileiros. No último, 12, no Parque da Aclimação, em São Paulo, por exemplo, a Associação Chinesa do Brasil realizou uma série de atrações culturais como forma de reverenciar a data.
O evento contou com a presença da cônsul geral da China, Chen Peijie, do deputado federal Fausto Pinato e da primeira-dama de São Paulo, Lúcia França, bem como de mais de 200 representantes da sociedade chinesa no Brasil.
O presidente da Associação Chinesa, Ronaldo Zhu, disse em seu discurso que o Brasil acolheu como uma mãe as pessoas vindas de todo o mundo.
O dia 15 de agosto foi definido pelo governo brasileiro, por meio de um Projeto apresentado por Pinato, como o Dia Nacional da Imigração Chinesa. “O Brasil tinha uma dívida histórica com o povo chinês. Uma dívida de reconhecimento. Uma dívida de gratidão pela grande contribuição e amizade que soubemos fortalecer até aqui. Hoje, não tarde, nosso País celebra a chegada do povo chinês como algo determinante e simbólico para o crescimento no nosso País”, disse Pinato.
Para Pinato, todos os povos que vieram para o Brasil foram reconhecidos pela história, porém havia uma lacuna quanto ao reconhecimento do povo chinês. “Por isso tomei essa iniciativa de dar ao povo chinês uma celebração a altura que eles merecem, um dia que pudesse reverenciar a importância do povo da China. É uma Lei que carimba a amizade do Brasil com a China”, ponderou.
Para Pinato, o Brasil está caminho do diálogo e do respeito, mas ainda está longe de derrubar todos os obstáculos que impedem o crescimento reciproco das duas nações. “Temos que fortalecer mais a nossa troca de experiência. Temos que fortalecer o nosso turismo. Os turistas do Brasil não conhecem ainda a China e a China ainda não conhece as maravilhas do Brasil. É preciso simplificar o tratamento dispensado ao povo chinês”, conclamou.
Homenagem foi feita em sessão solene realizada nesta quarta-feira
Em homenagem ao Dia da Imigração Chinesa no Brasil, comemorado ontem, em 15 de agosto, a Câmara dos Deputados realizou, nesta quarta-feira (15), sessão solene requerida pelo deputado Fausto Pinato (PP-SP).
Em discurso lido no Plenário, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que Brasil e China são parceiros que cooperam em múltiplas áreas. “O êxito das relações sino-brasileiras torna-se evidente no âmbito comercial, em que a soma das transações atingiu 75 bilhões de dólares em 2017, montante quase 30% superior ao registrado no ano interior”, disse.
Maia também destacou a colaboração dos chineses para o progresso do Brasil. “Ao longo dos dois séculos de imigração chinesa no Brasil, os chineses prestaram contribuição para o desenvolvimento do nosso país, ampliação do conhecimento recíproco das duas culturas e aproximação das duas grandes nações”, finalizou.
Para a deputada Jô Moraes (PCdoB-MG), a vinda dos chineses para o Brasil é uma demonstração de que os dois povos têm mais a compartilhar do que apenas relações comerciais. “Eles trouxeram valores humanos, conseguiram introduzir na nossa economia a prática da agricultura e apresentaram valores de intensificação da tecnologia”, afirmou.
Segundo o deputado Fausto Pinato, que é presidente da frente parlamentar Brasil-China, a solenidade é uma celebração da chegada do povo chinês como algo determinante, valioso e simbólico para história do mundo.
Lei 13686/18
Essa foi a primeira sessão solene que ocorreu na Câmara dos Deputados após a sanção da Lei que institui no Brasil o Dia da Imigração Chinesa. A Lei 13686/18 foi sancionada em junho deste ano e se originou de um Projeto de Lei do deputado Fausto Pinato. “Essa lei sela a nossa irmandade. Todo dia 15 de agosto teremos um encontro marcado com a cultura e o povo chinês, que nos ajudaram a construir essa linda história”, disse Pinato.
História
O povo chinês chegou ao Brasil em 15 de agosto de 1900. Nessa época, um grupo formado por 107 chineses desembarcou no Rio de Janeiro, vindo de Lisboa, no navio Vapor Malange, para mais tarde se estabelecer em São Paulo em busca de empregos e oportunidades. Com o passar do tempo, eles desenvolveram o cultivo do chá e trabalharam na implantação da ferrovia no Rio de Janeiro.