11/09/2014 07h58 - Atualizado em 11/09/2014 07h58

Protesto / Piscicultores vão fechar ponte sexta feira

Organizadores prometem parar o protesto quando forem ouvidos

Os representes da AB –TILÁPIA, APROPESC, SINDICATO RURAL DE SANTA FÉ DO SUL, ANIPA, MOVIMENTO SALVE A NASCENTE DO RIO PARANÁ, COLÔNIA DE PESCADORES Z12 e ACE DE SANTA FÉ DO SUL acertaram ontem (10) as estratégias para Fechamento da Ponte Rodoferroviária sobre o Rio Paraná, que liga os Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul entre os municípios de Santa Clara D’Oeste e Aparecida do Taboado.

O Protesto Pacífico se iniciará nesta sexta feira (12) com prazo indeterminado para terminar. Segundo Emerson Esteves o fim do protesto e do fechamento das duas vias da ponte só acontecerá após os representantes do Governo de São Paulo, da União e da CESP resolver falar com os representantes das entidades para se estabelecer um acordo que evite prejuízos na produção de peixes e nos demais segmentos que dependem do reservatório de Ilha Solteira.

Os organizadores esperam mobilizar cerca de duzentas pessoas para o fechamento da ponte e para isso levarão carros, caminhões, tratores e implementos agrícolas que interditarão o acesso pelo lado paulista e sul-mato-grossense.

O movimento também já ganhou adesão de representantes de entidades do lado sul-mato-grossense que reconhecem a luta, pois o baixo nível do reservatório tem causado prejuízos para todos.

A APROPESC – Associação dos Produtores de Pescados de Três Fronteiras juntamente com as demais entidades já comunicaram as autoridades policiais e os representantes dos órgãos federais e estaduais sobre a medida e justificaram a decisão tomada na noite desta quarta feira (10) devido as inúmeras tentativas de diálogo com autoridades dos governos federal e estadual e com a CESP no sentido de se estabelecer um equilíbrio sobre o uso das águas do reservatório de Ilha Solteira, para que os prejuízos causados pela crise hídrica sejam divididos, e que o múltiplo uso, garantido pela política nacional de recursos hídricos, que não está sendo respeitado,  e que em detrimento dos demais usos a priorização para a geração de energia elétrica, está acumulando enormes prejuízos a demais setores usuários da água e que milhares de empregos e a economia regional estão em risco em função dessa opção, diversos segmentos organizados resolveram bloquear a ponte rodoferroviária com o objetivo de chamar ao diálogo os atores responsáveis pelo setor para se estabelecer um ponto de equilíbrio na situação.

O equilíbrio ao qual se referem os representantes do movimento é a manutenção do nível do reservatório na cota oficial 323 e que não seja adotada cota 314 pretendida pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico e a CESP, que significaria o caos para os setores da produção de peixes, agricultura (irrigação), turismo, pescaria esportiva e com isso vai provocar uma possível de missão de funcionários, além de queda nas vendas dos comércios das cidades que tem no turismo a sua principal fonte de receita.

Os representantes irão levar barracas, utensílios e alimentos para ficarem acampados na ponte, caso for necessário estender a paralisação do trânsito pela Ponte. A recomendação para os motoristas é que evitem esse acesso utilizando a travessia no município de Selviria (MS)