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No final da tarde de domingo, dia 24 de abril de 2016, a vítima M.K.I., 45 anos, proprietário de uma piscicultura localizada no Ribeirão Can-Can, em Santa Clara D’Oeste, juntamente com o funcionário da empresa P.A., estavam passando por tanques de peixes quando perceberam uma embarcação com quatro pessoas nos limites da referida piscicultura.
Em seguida, observaram que dois mergulhadores com arpões teriam saído do barco e ingressado na área delimitada para a piscicultura. Por esse fato se deslocaram até eles com o objetivo de informá-los sobre a proibição de realizar atividades de pesca no local e foram hostilizados e ameaçados por L.S.G., 23 anos, que ocupava o barco e M.P.C., 41 anos, que é mergulhador e chegou, inclusive, a danificar o motor do barco com um arpão.
Em razão desse fato, M.K.I. saiu do barco e, quando passava por uma cerca para se dirigir a sede da empresa e comunicar os fatos a polícia, L.S.G., apontou a arma em sua direção e desferiu um tiro contra ele que não foi atingido, de modo que diversas vezes M.P.C., muito nervoso, gritou para que L.S.G. atirasse na vítima.
Em razão do tiro, M.K.I. passou a correr, sendo que o mergulhador M.P.C. subiu no barco, pegou uma espingarda e desferiu cinco tiros na direção do local que M.K.I. estava, contudo a vítima não sofreu nenhum ferimento. Peritos criminais se deslocaram até o local e no decorrer da perícia recolheram e apreenderam alguns projéteis das armas de fogo utilizadas na tentativa de atingir a vítima, bem como constaram a existência de marcas dos disparos em um contêiner localizado nas proximidades do local que a vítima havia se dirigido.
Após realizarem as condutas em apuração, os investigados fugiram no sentido do porto de areia e não foram mais vistos pelas vítimas, contudo, em poder dessas informações e de fotos do barco ocupado pelos investigados, policiais militares se dirigiram ao rancho em que eles estavam e levaram eles até a Delegacia de Polícia de Santa Clara D’Oeste, aonde houve a convalidação da voz de prisão proferida contra os investigados.
O investigado L.S.G. informou que é policial militar na cidade de Guarulhos e houve a apreensão de uma pistola Imbel, calibre 380, registrada em seu nome e uma pistola Taurus, calibre .40, pertencente a Corporação, que estavam poder de L.S.G., não foi possível localizar a espingarda que teria sido utilizada pelo mergulhador M.P.C., que informou trabalhar como mecânico, que tentou atingir a vítima enquanto ela fugia.
O delegado de polícia Higor Vinicius Nogueira Jorge informou que os investigados L.S.G. e M.P.C., foram presos em flagrante pelos crimes de homicídio qualificado na modalidade tentada e que foram removidos para Unidades Prisionais localizadas, respectivamente, nas cidades de São Paulo e Jales, aonde permanecem à disposição da Justiça.
O delegado também informou que houve a instauração de inquérito policial por intermédio da lavratura do auto de prisão em flagrante delito em desfavor dos investigados que permitirá a realização de outras diligências para cabal apuração dos fatos.
