16/09/2020 06h26 - Atualizado em 16/09/2020 06h26

Santa Fé/ Investigadores localizam piloto de Jet Ski envolvido no acidente do dia 7 de setembro.

Em depoimento rapaz de 21 anos disse que deu carona para a vítima e que achava que ele sabia nadar e se apresentou nesta terça (15).Veja o depoimento

Os investigadores do SIG – Setor de Investigações Gerais da Central de Polícia Judiciária conseguiram identificar o dono do Jet Ski que deu carona para o fernandopolense Welber Rodrigues de 28 anos, que após uma manobra se desequilibrou que caiu nas águas do Rio Paraná, no Bairro Águas Claras na tarde do dia 7 de setembro, e morreu afogado. Em seguida o dono do Jet Ski deixou o local em uma camionete Hilux.

Segundo os investigadores, através de testemunha, uma parente da vítima que anotou dados de uma placa da camionete Hilux de cor prata, foram realizadas várias pesquisas sobre os dados apresentados e o lograram êxito em localizar o piloto do Jet Ski que é morador de Sumaré/SP.

Na tarde desta terça-feira (15), o jovem de 21 anos de idade, R.P.B.P. se apresentou na Central de Polícia Judiciária com seu advogado.

O piloto disse ainda que fugiu do local porque ficou com medo de populares agredi-lo e que após o acidente foi para a casa dos avós na cidade de Rubinéia.

A Polícia instaurou inquérito para averiguar o possível crime de homicídio culposo - sem intenção de matar Art. 121 parágrafo 3º do CP.

Veja o depoimento do piloto do Jet Ski

“Moro na Cidade de Sumaré estava com Jet Ski nas margens do Rio Paraná e uma pessoa pediu uma carona até uma boia existente há 15 metros da margem e que retornaria nadando até esta margem. Dei a carona até a boia, mas ele disse para dar uma meia volta, que não desceria, queria que levasse onde ele estava anteriormente. Cheguei em direção do local por ele apontado e quando cheguei lá, fiz a curva com o Jet Ski, porem nos desequilibramos e caímos, sendo que o Jet Ski escapou, eu caí e fui para o fundo e o rapaz desconhecido, ficou segurando em mim por que eu estava de colete, ele ficou desesperado, dizendo que não sabia nadar, ele me segurava e eu tentei soltar meu colete para entregar para ele, mas ele segurava forte e ficou assustado e me afundava na água e em seguida ele afundou e me soltou. Meu que estava na margem ao ver o que tinha ocorrido, pegou um barco de pesca que estava nas margens com outra pessoa que lá estava, foi ano nosso socorro, porém quando chegou o rapaz já tinha fundado. Outro rapaz que estava no Rio acompanhando o que tinha afundado, segurou o Jet Ski e levou até mim e eu liguei e tentei procurar nas imediações pela vítima. Um terceiro rapaz que estava nas margens, também foi nadando ao local, mas não conseguiu chegar próximo, e também várias pessoas foram ao socorro da vítima, como não conseguimos acharmos a vítima, fomos para a margem do Rio até o resgate chegar, o que ocorreu depois de cerca de 30 minutos. Ficamos no local até esse momento, mas acabamos por entrarem desespero com o ocorrido e pela grande quantidade de pessoas que lá estavam, incluindo muitos familiares e amigos da vítima, acabamos assim por irmos embora do local, nos dirigindo para a cidade de Rubinéia, onde reside meus avós paternos. Não possuo habilitação para pilotar Jet Ski, não fugi da minha responsabilidade, tanto que procurei um advogado e aqui compareci no dia de hoje, de forma espontânea no dia de hoje para dar informações, bem como para submeter o Jet Ski à perícia técnica, não faço uso de bebida alcoólica e de qualquer outra droga. Esclareço que quando dei carona para a vítima, acreditava que ele sabia nadar, mesmo porque ele estava dentro do Rio quando ele parou e esta carona até a boia e ainda alegou que retornaria para a margem nadando.”