09/08/2014 07h40 - Atualizado em 13/08/2014 11h50

Santa Fé do Su / CCZ confirma redução de casos de Leishmaniose

Domingo é o Dia D de Combate a Doença

 Centro de Zoonoses de Santa Fé do Sul confirma queda no numero de casos de leishmaniose

Segundo a médica veterinária Fabiana Giacomet responsável pelo CCZ da cidade, desde 2010 quando começou a Campanha de Combate a doença no estado de São Paulo, o índice de exames com resultado positivo que era de 80% baixou para 20% em julho de 2014.

A distribuição de coleiras, palestras em escolas, multirão de limpeza e campanhas educativas nas rádios e jornais ajudaram a diminuir os casos positivos da Leishmania nos animais. Já foram distribuídas gratuitamente duas mil coleiras, que a cada seis meses são substituídas.

Segundo o Centro de Controle de Zoonose (CCZ) existem cerca de seis mil e quinhentos cachorros cadastrados, mas este número pode chegar a oito mil se projetar pelo número de animais que não estão no cadastro do Centro.

A veterinária também confirmou que o número de animais eutanasiados também caiu. No inicio de 2013 ano eram sacrificados aproximadamente quarenta animais por mês. No mês de julho apenas sete foram mortos por se apresentarem no estágio avançado da doença, com quadro irreversível.

Uma das principais ações de combate a proliferação do mosquito palha, o transmissor da doença, é a limpeza de terrenos baldios, com plantações frutíferas (goiabeiras, jaboticabeiras, laranjeiras,etc..) que transformam o local em ambiente favorável para proliferação do mosquito.

Outra preocupação do CCZ são granjas domésticas existentes nas residências na área urbana o que é proibido por lei municipal, mas que é desrespeitada por vários moradores. Segundo Fabiana Giacomet, esses locais se tornam o ambiente preferido do mosquito palha.

Doença em Humanos

Santa Fé do Sul já registrou treze casos de Leishmaniose em humanos, sendo que dois deles vieram a óbito. Um homem morreu em 2011 ao contrair a doença e no ano seguinte uma mulher também morreu vitima

da Leishmaniose. Em 2013 nenhum caso foi registrado, já em 2014 houve um caso no mês de janeiro, onde o paciente continua em tratamento.

Neste sábado (9) o CCZ que está com uma superpopulação de animais abandonados no seu canil irá leva-los para doação em uma praça da cidade. A maioria desses animais internados no CCZ foi abandonado em estradas rurais do município e outros vítimas de atropelamento nas ruas que foram recolhidos para tratamento e agora gozam de boa saúde.

No domingo (10) é realizado em todo o Estado de São Paulo o Dia D de Combate a Leishmaniose.

O que é Leishmaniose?

Doença infecciosa, porém, não contagiosa, causada por parasitas do gênero Leishmania. Os parasitas vivem e se multiplicam no interior das células que fazem parte do sistema de defesa do indivíduo, chamadas macrófagos. Há dois tipos de leishmaniose: leishmaniose tegumentar ou cutânea e a leishmaniose visceral ou calazar. A leishmaniose tegumentar caracteriza-se por feridas na pele que se localizam com maior freqüência nas partes descobertas do corpo. Tardiamente, podem surgir feridas nas mucosas do nariz, da boca e da garganta. Essa forma de leishmaniose é conhecida como "ferida brava". A leishmaniose visceral é uma doença sistêmica, pois, acomete vários órgãos internos, principalmente o fígado, o baço e a medula óssea. Esse tipo de leishmaniose acomete essencialmente crianças de até dez anos; após esta idade se torna menos freqüente. É uma doença de evolução longa, podendo durar alguns meses ou até ultrapassar o período de um ano.