07/08/2015 07h40 - Atualizado em 07/08/2015 07h40

Santa Fé do Sul / A greve do INSS e os transtornos e prejuízos causados para os segurados

Por Luzia Guerra - Advogada

Desde o dia 07 de julho, servidores do INSS de diversos Estados entraram em greve por tempo indeterminado, reivindicando reajuste salarial de 27,5%, bem como que as gratificações atuais sejam incorporadas aos salários, também a implantação de plano de cargos e carreira, e ainda concurso público para contratação de novos funcionários.

Ocorre que a paralização gera imensos transtornos aos segurados, que muitas vezes recebem informações desencontradas e não conseguem orientações nem mesmo da própria previdência social.

Segundo o próprio instituto, quem tem agendamento marcado em uma agência e não for atendido por causa da paralisação terá sua data de atendimento remarcada, ou seja, o reagendamento será feito pela própria agência, e o segurado poderá confirmar a nova data ligando para o telefone 135 no dia seguinte à data original.

Ademais, será considerada a data originalmente agendada como a de entrada do requerimento, para evitar prejuízo financeiro nos benefícios dos segurados.

Entretanto, outras dúvidas ficam no ar, como por exemplo a situação dos segurados que necessitam de ingressar de forma urgente com o pedido de benefício, sob pena de perderem a qualidade de segurado, e ainda aqueles que por motivo de doença e hipossuficiência necessitam do benefício para sobreviver.

Na verdade, o próprio INSS é omisso em divulgar orientações mais detalhadas nos meios de comunicação, e, muitas vezes, mesmo em contato direto com as centrais de atendimentos, os próprios servidores não conseguem dar uma resposta concreta sobre as atitudes a serem tomadas pelos segurados.

A orientação geral é para que os segurados, principalmente aqueles que necessitam de benefício por incapacidade, utilizem a central de atendimento com número 135, para solicitar agendamentos e prorrogações, evitando/amenizando prejuízos financeiros.

É inegável que a greve do INSS, que já dura um mês, reflete a crise econômica vivida pelo pais, uma vez que é inadmissível uma demora tão grande do Governo em concluir as negociações com a categoria, afetando não só os segurados, mas toda a sociedade no geral, pois a grave é somente contra a população e não traz nenhum prejuízo ao governo.

Diante de tudo isso, infelizmente, não resta alternativa aos segurados e a sociedade senão se valerem das orientações acima e aguardar o final da greve para obterem as respostas a que tanto anseiam.