07/09/2018 09h34 - Atualizado em 07/09/2018 09h34

Santa Fé do Sul / Demolay de Santa Fé do Sul celebra o 7 de Setembro na "Praça Sales Filho"

Vice Prefeito Alcir, Agentes da Guarda Municipal e alguns pais prestigiaram o hasteamento do Pavilhão Nacional.

Capítulo Cavaleiros da Santa Fé nº52/705 mais uma vez repetiu a cerimônia de Comemorações da Independência do Brasil com o hasteamento do Pavilhão Nacional. Flavio Secches acompanhou os adolescentes que integram o Capitulo 52/705 que também foi acompanhado pelo Vice-Prefeito de Santa Fé do Sul, Alcir Zaina e Agentes da Guarda Municipal, além de alguns pais dos jovens, na Praça “Sales Filho”.

Inevitável comentar o desinteresse pelo civismo do brasileiro, especialmente nesta manhã de 7 de setembro na principal praça da cidade, que na noite anterior ficou lotada para acompanhar a realização do 12º Workshop do Curso de Administração, porém para cultuar a data da Independência do Brasil, o interesse não existiu.

Aos que estiveram na Praça Sales Filho a lembrança dos tempos em que escolas, repartições públicas, associações e outras entidades desfilavam em praças e ruas da cidade e durante toda a “Semana da Pátria” o 7 de Setembro era comemorado com entusiasmo e amor ao nosso país.

Em tempos de eleições, pior ainda, o assunto não foi lembrado entre as famílias brasileiras, e a repercussão do atentado a um dos candidatos à presidência tomou conta dos noticiários e rodas de conversas em qualquer lugar do País, mas a nossa Independência foi esquecida.

Fica aqui os parabéns ao Capitulo Cavaleiros de Santa Fé e aqueles que foram a cerimônia prestigiar a solenidade que não passou em branco na Estância Turística. Em tempo nos próximos anos que a divulgação e o planejamento desta comemoração sejam levados mais à sério, principalmente pelos responsáveis por nossa Educação que acaba de comemorar nota 7 no IDEB.

Independência do Brasil é celebrada em todo dia 07 de setembro. Essa comemoração acontece desde a época do Primeiro Império, que, a cada ano, rememorava a ocasião em que o país se tornou independente de Portugal no ano de 1822. O processo de independência do Brasil teve como principais atores históricos, além do príncipe regente D. Pedro (que se tornou o imperador D. Pedro I), alguns representantes da elite interessada na ruptura entre Brasil e Portugal. Entre esses representantes, encontrava-se aquele que também se tornou um dos maiores articuladores do Império, José Bonifácio de Andrada e Silva.

De certa forma, a possibilidade de um “Brasil independente” remonta à época da vinda da família real para o Brasil em 1808, acontecimento que inaugurou em nosso país o chamado Período Joanino. D. João VI veio com sua corte para o Brasil por ter se recusado a ser conivente com a política do Bloqueio Continental, imposta por Napoleão Bonaparte contra o Reino Unido. Como Portugal possuía importantes acordos econômicos com os ingleses, D. João VI achou por bem desobedecer às ordens do imperador francês e abandonar a Península Ibérica, sendo escoltado por navios ingleses até a costa brasileira.

Nessa época, o Brasil foi alçado à condição de Reino Unido, junto a Portugal e Algarves, deixando assim a condição de ser colônia. Muitas das ações empreendidas por D. João VI no Brasil durante o período em que aqui esteve (1808-1821) colaboraram para que o país ganhasse uma relevância que ainda não possuía. Essa relevância tinha dimensões econômicas, políticas e culturais. Entretanto, nos anos que seguiram após o fim da Era Napoleônica (1799-1815), Portugal passou por intensas turbulências políticas. Essa situação exigiu a volta do rei D. João VI com sua corte em 1821.

O rei português deixou no Brasil como seu representante D. Pedro, seu filho, que recebeu o título de príncipe regente. Durante o ano de 1821 e até os primeiros dias do mês de setembro de 1822, as turbulências políticas de Portugal fizeram-se refletir também no Brasil. As assembleias que ocorriam em Lisboa (que contavam também com representantes brasileiros) ganhavam pautas que defendiam o retorno de Portugal como o centro político do referido Reino Unido e, por consequência, a submissão do Brasil à sua posição.

Ao mesmo tempo, em terras brasileiras, o príncipe regente, orientado por representantes das elites políticas locais, promovia uma série de reformas que desagradavam as elites lusitanas. As ações de D. Pedro mobilizaram a corte portuguesa a pedir a sua volta imediata para Portugal no início de 1822. D. Pedro recusou-se a abandonar o Brasil e, em 09 de janeiro, optou pela sua permanência no país. Esse dia ficou conhecido como Dia do Fico.

As indisposições entre Portugal e Brasil continuaram ao longo do primeiro semestre de 1822. Esse período de intensas discussões e propostas direcionadas à efetivação da independência foi exaustivamente estudado por muitos historiadores, tanto portugueses quanto brasileiros. No Brasil, destacam-se os nomes de Oliveira Lima e Nelson Werneck Sodré. No mês de setembro, as cortes portuguesas deram um ultimato para D. Pedro voltar para Portugal, sob ameaça de ataque militar. O príncipe que estava em viagem ao estado de São Paulo recebeu a notícia e, antecipando uma decisão que já estava quase nas “vias de fato”, declarou o país independente às margens do rio Ipiranga, no dia 07.