18/10/2014 07h49 - Atualizado em 18/10/2014 07h49

Santa Fé do Sul / Empresa investigada pela Polícia Federal prestou serviços ao IPREM

Ronaldo Salvini disse que contrato foi encerrado em setembro do ano passado e nega envolvimento

O Superintendente do Santa FéPREV de Santa Fé do Sul, Ronaldo Salvini, confirmou que a autarquia não mantém contrato com a empresa Plena Consultoria e Investimentos investigada por fraude.  Segundo ele, o contrato com a empresa firmado de 2 de setembro de 2012 foi encerrado em 3 de setembro de 2013. “Nós encerramos o contrato diante dos boatos que a empresa estava sendo investigada”. A empresa foi contratada para auxiliar nas aplicações dos recursos do Instituto, mas não acatamos nenhuma sugestão dela, afirmou Salvini.

A Plena Consultoria era responsável por apontar aos Institutos de Previdência quais as melhores formas de aplicações de recursos e recebia da autarquia santafessulense, até setembro do ano passado.

Salvini também confirmou que os investimentos do Instituto estão  sendo em bancos oficiais apenas.

O superintendente também esclareceu aos servidores que o Instituto está preservado e negou participação em qualquer dos crimes investigados pela Policia Federal e que toda a documentação requerida na diligência feita pela PF na quinta feira (17) foi entregue, como atas aprovadas pelo Conselho Administrativo, contratos e processos licitatórios, além de todas as informações sobre as aplicações dos recursos do Instituto.

Paulo Rogério, que é advogado e membro de Conselho disse em nome de todos os conselheiros do Santa FéPREV que não há risco de enquadramento nas acusações da Operação “Fundo Perdido” e que tudo foi feito dentro da transparência e de acordo com as Leis que regem o Instituto e que todas as aplicações do dinheiro do Fundo estão em  bancos Oficiais.

A Plena Consultoria está sob investigação da Polícia Federal acusada de fraude por indicar onde o dinheiro que deve ser destinado para pagar pensão dos aposentados e pensionistas poderia ser investido.

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta feira, 16/10, a segunda fase da Operação Fundo Perdido, com o fim de trazer novas provas à investigação de uma quadrilha que atuava fraudando Regimes Próprios de Previdência Social em municípios brasileiros.

Segundo a investigação, a quadrilha havia constituído uma empresa de consultoria financeira, que deveria indicar as melhores opções de investimento aos institutos de previdência, com o fim de complementar as aposentadorias dos servidores municipais por meio de contribuições deles, sem que tivesse que recorrer a recursos públicos. Contudo, a consultoria não só era contratada pelos municípios em razão de fraudes em licitações, como também repassava parte dos ganhos ilícitos que obtinha no mercado financeiro aos gestores dos institutos de previdência, configurando crime de corrupção.

Os principais crimes cometidos pela quadrilha são Corrupção, Fraude em Licitação, Formação de Quadrilha e Lavagem de Dinheiro, cuja pena vai de 1 a 12 anos de prisão.