10/08/2019 09h19 - Atualizado em 10/08/2019 09h19

Santa Fé do Sul / Júri condena autores da morte de Rafael Maximiano Marcelo

Réus receberam penas de 30 e 20 anos de reclusão em regime inicial fechado. Advogado Djalma de Carvalho Messias vai recorrer
O Tribunal do Juri do Fórum de Santa Fé do Sul, condenou os acusados de praticar o crime de Homicídio contra Rafael Maximiano Marcelo no dia 26 de março de 2017. Os réus são Cleiton Soares Ribeiro e Jean Carlos dos Santos. A sessão aconteceu na última quarta-feira (7) sob a presidência do Juiz Rafael Almeida Moreira de Souza.
 
Penas
Jean Carlos dos Santos foi condenado a 30 anos de reclusão em regime inicial fechado e Cleiton Soares Ribeiro foi condenado a 20 anos e cinco meses de reclusão em regime inicial fechado. Ambos têm antecedentes e em 26 de março de 2017, data da morte de Rafael, eles estavam de saída temporária. Eles cumpriam pena antes do crime e vão permanecer presos.
 
Os réus foram condenados pelos crimes de homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e por meio de emboscada; infração ao artigo 121 paragrafo 2º, incisos 2 e 4 do Código Penal e o 211 do Código Penal que é a ocultação do cadáver.
 
A equipe de defesa dos réus foi composta por Djalma de Carvalho Messias, OAB SP 3236, e os colegas Paulo Henrique de Oliveira e Patricia Cardoso Medeiros.
 
 
Entrevistado pelo site informamais, o advogado Djalma de Carvalho Messias confirmou que pretende recorrer da sentença, e uma das apelações será a dosimetria das penas. "Considero penas muito altas, o Juiz foi severo demais e pretendo diminuí-las e após uma analise mais detalhada da sentença, estudarei o pedido de anulação do julgamento porque os réus permaneceram algemados durante a sessão", disse o advogado que previa interpor recurso na sexta-feira (9).
 
O resultado do Juri
O Juiz Rafael Almeida Moreira de Souza após ouvir as alegação de defesa e acusação, fez a leitura do veredito dado pelos sete jurados, e quando a contagem atingiu 4 votos favoráveis pela condenação dos réus, cessou a contagem. Trata-se de uma prática comum para preservar o sigilo do voto.
 
Tese da Defesa.
Djalma Carvalho também informou que "a tese adotada na defesa dos réus foi a fragilidades das provas. Haviam duas testemunhas protegidas, sem identificação, mas os jurados valoraram os depoimentos delas", disse na entrevista. Uma das testemunhas não com compareceu na sessão do juri, não foi possível ser localizada e seus nomes são mantidos sob sigilo.
 
O Caso

Os acusados Jean de 25 anos e Cleiton, de 26, estavam cumprindo pena no regime semiaberto no Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de Rio Preto, estavam na cidade de Santa Fé do Sul naquelee 26 de março, na época de saída temporária em razão do período da Páscoa.

Segunto relato de uma testemunha, os agressores eram desafetos de Rafael, e segundo as investigações, apurou-se que Rafael na época estaria mantendo um relacionamento com a ex-mulher de um dos detentos, que supostamente prometera que quando saísse da cadeia, iria matá-lo.

Uma testemunha disse que no dia do crime teria avistado os acusados agredindo Rafael com socos e um objeto ficando desacordado no local. Após evadirem, deixando Rafael caído, os investigados retornaram ao local alguns minutos depois e colocaram Rafael dentro de um veículo próximo da Praça Japonesa, localizada na Avenida Rio Paraná. Os autores teriam se dirigido a um outro local próximo das agressões e atirado o corpo de Rafael no Córrego.

O corpo de Rafael foi encontrado por um proprietário rural e na noite do do crime choveu bastante e a correnteza arrastou o corpo da vítima até um sítio próximo da Lagoa de Tratamento do SAAE, a um quilômetro de onde o corpo foi jogado de uma ponte.