19/01/2017 11h58 - Atualizado em 19/01/2017 12h37

Santa Fé do Sul / Justiça condena cartorário por crime de estupro de vulnerável: 9 anos e 4 meses

Crimes ocorreram em 2009 e 2010 e E.M.EM. de 52 anos foi preso na manhã desta quinta feira durante expediente no seu local de trabalho.

A Delegada da Mulher Dra. Mariana Alves Machado Nascimento e o delegado de Polícia de Santa Fé do Sul Higor Jorge cumpriram mandado de prisão ao cartorário de 53 anos de idade que foi condenado em segunda instância pelo crime de estupro de vulnerável praticado entre março de 2009 a agosto de 2010. Foram duas vitimas violentadas e uma delas tinha 11 anos de idade, segundo as investigações que se iniciaram em 2011.

E.M.V.M já havia sido condenado pela justiça de Santa Fé do Sul, através da 3ª Vara a 9 anos e 4 meses de prisão. A mesma sentença foi mantida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. E.M. foi recolhido a cadeia pública de Santa Fé do Sul e aguarda para ser recambiado para cumprimento da pena em cadeia da região..
Segundo a Delegada Dra. Mariana, o condenado não reagiu a ação dos policiais e não deu nenhuma declaração no momento em que foi preso. A delegada disse ainda que não foi necessário o uso de algemas para o transporte do condenado. Os advogado de E.M devem apresentar recurso no STF.

O caso (Com Diario da Região- publicação em 22/6/2011)

O cartorário E.M.V.M, hoje com 52 anos, o Edinho do Cartório de Santa Fé do Sul, foi preso acusado de abusar sexualmente de dois meninos de 9 anos. EM foi investigado pela Polícia Civil desde abril de 2011 e teve a prisão preventiva determinada pela Justiça com base em denúncias de crianças que teriam sido abusadas em 2010.

Os dois garotos são amigos do filho do cartorário. Embora a polícia tenha decretado sigilo nas investigações, a reportagem do Diário apurou que as vítimas teriam sido abusadas na própria casa do cartorário, onde iam brincar com o filho dele. Um dos meninos teria dito à polícia que foi violentado sexualmente pelo período de seis meses. Além disso, teria declarado que precisou de tratamento médico devido a sequelas no ânus.

De acordo com o delegado Higor Jorge, responsável pela prisão, exame de corpo de delito comprovou que o menor foi violentado. A outra criança teria dito à polícia que foi agarrada e tido as nádegas acariciadas. O cartorário nega o crime.

Na época, E M conseguiu um habeas corpus no Tribunal de Justiça de São Paulo para se livrar da prisão. Mas com a revogação da medida anterior, o cartorário foi preso em 21/6/2011 por policiais civis, quando estava em sua casa. A pena para o crime de estupro de vulnerável varia de 8 a 15 anos de prisão.

Outro lado

Dono do Cartório de Registro Civil há mais de 20 anos e de família tradicional na cidade, EM é casado e pai de três filhos. Revoltada com a prisão, a filhade 23, disse em 2011 que acreditava na inocência do pai. “Ele jamais faria isso. O menino (suposta vítima) sempre foi respeitado por meu pai, aqui em casa. Essa denúncia é mentirosa e foi inventada por inveja”, disse.