29/05/2018 06h40 - Atualizado em 29/05/2018 06h40

Santa Fé do Sul / Pinato destaca "persistência e confiança" para reabertura do Frigorífico

Confira a entrevista exclusiva ao site informamais

Na última sexta feira, dia 25 de maio foi anunciado que o Frigorífico de Santa Fé do Sul será reativado pela Empresa Golden que pretende atingir abate de mil cabeça em médio prazo. A locação dos ativos foi feita na sede da empresa Rodopa do empresário Sergio Longo e deve ter contrato de cinco anos prorrogáveis para 10 anos e foi comemorado por toda a socidade santafessulense quando anunciado oficialmente pelo prefeito Ademir Maschio e que voltará a gerar inicialmente pelo menos 300 empregos. 

O Deputado Federal Fausto Pinato também comemorou a notícia após várias ações de persisitência e confianção para a volta dos postos de trabalhos com os antigos donos, a JBS e que acabou não ocorrendo e na sequência nas tentativas de atrair empresas para reabrir a unidade de Santa Fé do Sul, o que ocorreu na Sexta Feira. Em entrevista exclusiva ao site informamais, Pinato disse que mesmo diante de tantas dificuldades nunca se cruzou os braços na tentativa de reabertura do Frigorífico.

Fausto Pinato  como o senhor resume toda a luta para a reabertura do Frigorífico e qual foi sua participação nessa grande notícia para Santa Fe?

Foi uma trajetória que iniciou lá atrás, no final de 2015, quando lutávamos para manter o frigorífico da JBS funcionando. Ouvimos o clamor de mais de 600 famílias que ali estavam na perspectiva de perder seus postos de trabalho e, mesmo diante da impossibilidade da JBS voltar a operar, não cruzamos os braços.

De lá pra cá, foram inúmeras reuniões no CADE e o resultado foi uma proposta de acordo para a locação dos Ativos da Unidade, pertencente hoje a empresa Rodopa.

Enviamos diversos ofícios, fizemos exaustivas reuniões com o presidente do CADE, Gilvandro Vasconcelos. Provocamos o CADE, inclusive, quando a JBS tentou usar a “crise” da confiança da carne lá fora para se esquivar de voltar a trabalhar em 60 dias.

“Temos a certeza de que essa intervenção é necessária para preencher essa lacuna que a JBS deixou. O CADE, sem dúvida, vai preservar as condições de concorrência, de mercado, e a retomada do emprego. É importante dizer que a Rodopa abriu possibilidade para diversas empresas, e para nós, a Golden se mostrou interessada e resgatar o nível de qualidade. Atendeu os requisitos de capacidade de operação, tem ampla experiência em exportação de carne. Mas acima de tudo, tem interesse em crescer”.

Esta é a grande conquista do governo Ademir na atual crise que atravessa o país?

O prefeito Ademir teve a infelicidade de inaugurar seu mandato com essa notícia do fechamento da JBS. Mas não cruzou os braços. Esteve em Brasília inúmeras vezes. E lá fizemos um mapeamento de ações imediatas. Depois que estouraram as denúncias da JBS, que tornaram inviável o resgate de sua confiança no Brasil, partimos para o plano B, a oferta de novos investidores.

Por outro lado, nossa parceria se fortaleceu ainda mais, através da disposição de recursos. Com garra e determinação, direcionamos os recursos que a cidade precisava, da saúde a infraestrutura. Já conseguimos emendas para o recapeamento asfáltico, conquistamos um novo Caminhão Compactador de Lixo para ajudar na coleta e na limpeza urbana da cidade.

Para Santa Casa, já conseguimos equipamentos e materiais hospitalares. Para gestão em saúde, ambulâncias, inclusive para o SAMU, enfim, foram diversas ações que fizemos em parceria com o Machio para desenvolver nossa cidade, e ainda estamos apenas no começo. 

Qual a sua opinião sobre a paralisação dos caminhoneiros?

A greve é legitima. É injusto para o povo brasileiro um aumento a cada 15 dias. O povo hoje quer que o Brasil volte a andar, mas com justiça, nas bombas, nos preços que o povo mais pobre paga. É preciso também acabar com a máfia dos carteis, mas a Lei não apenas para o dono do posto, para as grandes distribuidoras também que monopolizam e engessam as pequenas empresas.

O Ministério Público, o CADE, a ANP e até legislativo, que deveria engrossar as Leis, são coniventes com isso. O maior vilão dessa crise, além dos altos impostos, é a falta de concorrência. O monopólio das grandes distribuidoras de combustível. E quem sofre é o povo. É o consumidor. Estamos fazendo a nossa parte para mudar esse quadro. O pai de família não pode mais pagar essa conta. Isso tem que mudar!