A “paralisação” dos médicos da Santa Casa deve ser encerrada nesta terça feira, segundo fontes consultadas pelo site informamais no final da tarde de ontem, dia em que novas reuniões foram realizadas com a direção do hospital, provedora, prefeito e assessores e os profissionais do hospital.
Uma nova contraproposta de reajuste da hora médica dos plantões teria sido apresentada pelos gestores da Santa Casa que voltaram a conversar com os prefeitos dos seis municípios que integram o CONSAGRA, Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região dos Grandes Lagos.
Essa nova proposta da Santa Casa, que ainda não foi revelada, poderá por fim a paralisação que teve início por volta das 12h00m da última sexta-feira, dia 17 de maio.
Negociações
No primeiro momento os médicos haviam apresentado em documento a elevação da hora/médica para R$119,00.
No primeiro momento a Santa Casa fez a primeira contraproposta de elevar de R$80,00 para R$90,00 o que de pronto foi recusada pelos médicos. Para chegar a primeira contraproposta o hospital recebera o compromisso de um aporte de R$30 mil mensais através da Prefeitura de Santa Fé do Sul.
Diante da recusa dos médicos, o hospital convocou a imprensa para informar que a decisão dos médicos era de paralisar o atendimento na Santa Casa enquanto não se chegar a um denominador comum. Na entrevista coletiva, os diretores da Santa Casa afirmaram que iriam buscar apoio dos demais prefeitos da região para apresentar uma nova contraproposta de R$100,00 e para isso iria solicitar aos municípios o repasse de mais R$30 mil para oficializar tal oferta aos médicos.
A segunda-feira (17) foi marcada por estas ações e hoje novo encontro entre as partes poderá por fim ao movimento que já começa provocar superlotação da UPA/24 – Unidade de Pronto Atendimento Regional de Santa Fé do Sul.
Durante o fim de semana foi necessário solicitar à Santa Casa que enviasse camas e macas para a Unidade de Emergência para suportar os atendimentos. Os médicos da UPA estão atendendo os pacientes que buscam pela unidade, e após serem avaliados e estabilizados clinicamente, também faz a regulação das necessidades de internações para hospitais da região, através da Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde – CROSS.
Algumas transferências foram realizadas no final de semana e casos de gestantes em risco e pacientes com sinais de infarto do miocárdio estão sendo priorizados, e diante da necessidade ou foram internados em Santa Fé do Sul ou para hospitais da região.
Os médicos estão sem reajuste na hora/medica dos plantões desde 2014 e há mais de um ano não recebem pela produtividade, que são os valores dos atendimentos realizados neste período de pacientes de convênios, tanto do SUS quanto de particulares e convênios. O valor dessa dívida já está perto de R$1,5 milhão.
A Santa Casa confirmou a dívida, e disse que têm utilizado estes recursos para complementar a folha de pagamento dos 201 funcionários do hospital. “O repasse do SUS não está sendo suficiente para liquidar a folha de pagamento mensal, e os recursos dessas internações e procedimentos efetuados pelos médicos estão sendo direcionados para a folha de pagamento”, dizem os representantes da administração da Santa Casa. Os médicos também estão cobrando esta dívida do hospital.