Com desfile de Moda Inclusiva e Dança estilo Catira com alunos da APAE, a Estância Turística de Santa Fé do Sul abriu oficialmente mais uma etapa da 6ª Caravana da inclusão, acessibilidade e cidadania no dia 12 de junho. O evento é uma realização do Governo do Estado de São Paulo, através da Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência e União dos Vereadores do Estado de São Paulo.
O Secretário Adjunto da Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência Cid Torquato, afirmou que depois que a Caravana passa pela cidade, ela muda pra melhor em se tratando de acessibilidade. Muitas secretarias em outros Estados foram criadas após o Estado de São Paulo, que hoje é um modelo. Também parabenizou a cidade por ser a primeira a implantar a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência, orientando toda a região presente pra que siga o mesmo exemplo, seja com secretarias, coordenadorias ou diretorias.
Em entrevista exclusiva ao site Informamais, Cid Torquato disse que nos próximos dez anos os municípios devem ampliar as estruturas de acessibilidade e o que se vê nos municípios hoje é muito pouco.
O governo de São Paulo vê a Caravana como um dos principais programas que está em contato com os municípios que leva um pouco e aprende um pouco da experiência de cada participante.
Sobre os investimentos Cid, disse que a principal figura para melhorar a acessibilidade é o município e disse que “cada um te que se virar” para encontrar caminhos e fazer com que o seu orçamento comporte a quantidade de obrigações buscando ajuda do Estado e da União.
O Secretário Adjunto entende que todos passam por dificuldades financeiras e estão se reformulando frente à crise econômica e do corte radical do orçamento e espera que no segundo semestre possa “ter melhores notícias”.
APAEs
Dizendo ser fã das APAEs e admirador do seu trabalho histórico em favor de pessoas especiais, Cid Torquato comentou que quem faz críticas a essa entidade não conhece nada sobre esse lugar e reconheceu a crise financeira por que passam as APAEs e disse também que hoje há uma crise de identidade ao tentar se reinventar mudando de um modelo exclusivo ou excludente para um modelo inclusivo e neste processo alguns ajustes são necessários.
A Secretaria Estadual tem vários convênios com as APAEs, disse o adjunto da pasta, que reiterou que as entidades devem se reinventar e encontrar novas formas de financiamentos e defende que as APAEs devem permanecer vivas.
Sobre o fim do financiamento para alunos matriculados com idade acima de 35 anos, Torquato considera uma questão seríssima e que diante das mudanças das políticas educacionais (inclusão) esse tema específico ficou meio “vacante” e que é preciso batalhar por linhas de créditos específicas para focar nessa parcela da população.
“Não é mais o mesmo guarda chuva da Escola Regular, mas devemos abrir um novo guarda-chuva pós-fase escolar”, finalizou Cid Torquato.
O encontro regional teve início na parte da tarde, com o tema “O que é deficiência e Residência Inclusiva”, com a Professora Drª Rita de Cassia Kileber Barbosa da APAE São Paulo, com referências a todas as barreiras que as pessoas com deficiência passam em se tratando de acessibilidade aos locais comuns de convivência, e salientou que é a sociedade que precisa se adaptar às especificidades destas pessoas, mostrando soluções. Apresentou também as características de deficiências, como cegueira, surdez, física, múltipla e autismo.
O encontro também abordou que desde que o Estatuto da Criança e do Adolescente criado em 1990, os conceitos de violência física, psicológica, negligência e abandono, abuso e exploração sexual e preconceito são estudados de acordo o Estatuto, e que não se resume somente a surras e espancamentos, mas sim toda vez que uma pessoa sofre qualquer ação única de força contra elas.
O evento contou com cerca de 300 pessoas de Santa Fé do Sul e região com serviços de aferição de pressão, teste de glicemia e atendimento odontológico.