A Sociedade santafessulense será convocada para participar de uma Audiência Pública que deverá ser marcada para a próxima semana, na tentativa de buscar soluções para evitar o fechamento da UTI e do Hospital da cidade. A região também será convidada, através de prefeitos e vereadores.
A direção da Santa Casa de Misericórdia, representada pelo senhor José Biscassi, Ceju Morikawa, Rose Paulon e o administrador hospitalar Diego Carlis dos Santos explicaram em entrevista coletiva de imprensa a atual situação da UTI do Hospital, que hoje tem um custo fixo mensal de R$150 mil e as dificuldades para a manutenção do seu funcionamento.
O provedor José Biscassi disse que esta semana fez várias reuniões, na última segunda-feira se reuniu com os médicos intensivistas, na terça-feira com integrantes da mesa diretora e na manhã desta quarta-feira feira com os representantes do corpo clínico e, a conclusão que se chegou, segundo o provedor, foi de que a UTI e a Santa Casa não serão fechadas neste momento e que irá convocar uma Audiência Pública com a participação de representantes da sociedade civil, clubes de serviços, associações, prefeitos, vereadores e a própria Santa Casa para definirem uma decisão a ser tomada em relação ao funcionamento da UTI e do Hospital.
Um dos motivos apresentados pelo provedor para justificar a crise atual do hospital e o não recebimento de pelo menos R$4 milhões relacionados ao convênio dos Leitos Prolongados, que nos últimos 3 anos deixou de ser faturado junto ao governo do estado de São Paulo.
O convênio que deveria ser renovado a cada ano, não aconteceu e provocou queda na receita aumentando do déficit do hospital que deveria recebe R$180 mil por mês ao longo deste período. A expectativa da administração é que o estado renove o convênio neste mês de agosto até dezembro de 2018.
A Santa Casa também está buscando credenciamento dos Leitos Prolongados junto ao Governo Federal, e já recebeu um funcionário do Ministério da Saúde que realizou uma vistoria no hospital para avaliar as condições da unidade de saúde.
Na coletiva desta quarta-feira, os diretores da Santa Casa também enfatizaram que além do problema da UTI a entidade não está tendo dinheiro para comprar remédios para manter os estoques do hospital e que o crédito da Santa Casa está acabando devido às dívidas com fornecedores.
Na reunião com a mesa diretora do hospital, realizada na noite de ontem (7), ficou decidido que os diretores não decidiriam pelo fechamento da UTI e por isso vão pedir a realização da Audiência Pública para tomarem uma decisão coletiva e achar uma solução para manutenção ou não da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital.