27/12/2018 10h12 - Atualizado em 27/12/2018 10h19

Santa Fé do Sul registra 3ª morte por suicídio em 2018

Rapaz de 30 anos foi encontrado sem vida dentro de casa no início da tarde desta quarta-feira (26)

A cidade de Santa Fé do Sul registrou o terceiro caso de morte por suicídio em 2018. Wellington Fernando Morreti, de 30 anos de idade, que residia na região central da cidade, foi encontrado morto dentro de casa por familiares, no início da tarde desta quarta-feira, 26 de dezembro.

O Corpo de Wellington foi levado para o IML de Fernandópolis e foi velado no Velório Municipal e sepultado no Cemitério São João Batistas. Wellington era solteiro. A perícia investiga a suspeita de suposto envenenamento.

Até o mês de agosto deste ano a Polícia Militar havia registrado dois casos confirmados de morte por suicídio, sendo uma mulher e um homem nos meses de junho e agosto, respectivamente.

Tentativa de Suicídio

Entre janeiro e agosto, foram registradas 34 tentativas de suicídio sendo que deste total, 9 foram tentados por homens e 25 mulheres. Nestes casos o uso de doses altas de medicamentos foram os métodos utilizados pelas vítimas que foram socorridas na emergência da Unidade de Pronto Atendimento – UPA - 24 horas e alguns casos encaminhados para a Santa Casa da cidade.

O mês de maio foi o mês com mais ocorrências de tentativas de suicídio: 9, sendo cinco homens e quatro mulheres. Nos demais meses do ano, Janeiro; 3 todos mulheres, Fevereiro 3, um homem e duas mulheres, março 4 registros (mulheres), abril (5); um homem e quatro mulheres, junho; 3 casos (um homem e duas mulheres), julho; 4 mulheres tentaram no suicídio e em agosto 3 tentativas de suicídio foram registradas pela Polícia Militar, sendo um homem e duas mulheres.

 

Estudos de diversos países mostram que as taxas em dezembro e no próprio Natal tendem a ser as mais baixas do ano, mas, em outros feriados, como o de celebração de Ano Novo, parece haver um pico.

Num desses estudos, durante um período de 15 anos, as taxas de suicídio na Inglaterra caíram bruscamente no Natal e subiram, também bruscamente, no primeiro dia de Ano Novo. Os pesquisadores relataram um pico geral na primavera, e as maiores taxas diárias foram observadas às segundas-feiras.

Mitos e verdades sobre o suicídio no final do ano

Os índices são baixos antes, durante e depois do Natal, mas o ano-novo mostra uma ascensão repentina desse tipo de ocorrência

O Natal e réveillon são datas de comemoração, uma época de alegria, paz, esperança e gratidão, celebrada em reuniões alegres, na companhia de pessoas que amamos. Ou pelo menos seria bom que fosse assim. Mas nem sempre é tão simples. Para alguns, esse é um dos períodos em que mais afloram angústias. O balanço do ano que terminou e as perspectivas para o próximo costumam despertar apreensões, ainda que mescladas com esperança.

Os pesquisadores sugerem que o “efeito da promessa não satisfeita” pode explicar esse fenômeno, assim como os aumentos após a Páscoa e fins de semana. “Muitos de nós estamos familiarizados com os sentimentos após os feriados; há uma sensação de vazio, como a ‘síndrome do domingo à noite’, em que muita gente se sente bastante angustiada – é como se pairasse no ar uma pergunta: ‘Então era só isso?’. Em geral esperamos nos divertir e relaxar mais; de repente, nos damos conta de que não foi tão bom quanto queríamos e no dia seguinte temos de voltar para rotina”,  De acordo com o psicólogo clínico Martin Plöderl. “Para pessoas deprimidas, a promessa não cumprida do Natal e o ano em branco à sua frente aumentam a desesperança e, dessa forma, o risco de suicídio.” 

(com informações do site Mente e Cérebro)