15/08/2016 14h23 - Atualizado em 16/08/2016 09h10

Santa Fé do Sul/Empresário diz que cidade não tem estrutura móvel de primeiros socorros

Discussão surgiu após morte de rapaz de 20 anos que teve parada cardíaca durante jogo de futsal em escola pública.

O empresário Edilson Magaiver Braz Teixeira, diretor da empresa Enferlife, empresa privada que atua na prestação de serviços de primeiros socorros e que funciona na rua 14 em Santa Fé do Sul relatou falhas no socorro a Wellington dos Santos Silva, de 20 anos que morreu durante uma partida de futsal na Escola Municipal “Cirlei Volpe Lopes”, na Cohab Beira Rio, na última quarta feira, 10 de agosto.

Welington jogava futsal na escola e teve mal súbito e faleceu após sofrer uma parada cardio-respiratória. A vítima tinha 20 anos de idade e era pais de dois filhos e chegou a ser socorrido pelo Corpo de Bombeiros no local e levado a UPA, onde deu entrada das 21h09 e veio a óbito as 21h49m, segundo registros.

Para Edilson, a houve falhas na organização do evento que, mesmo sendo de pequeno porte, o idealizador da partida ocorrida na escola municipal “Cirlei Volpe Lopes” deveria ter tomado alguns cuidados para prestação do socorro médico.

O dono da Enferlife disse que teve conhecimento do fato, e que no local haviam alguns estagiários de enfermagem do curso da Funec, e também um médico que assistia ao evento e também tentou salvar a vida de Welington, o médico José Ronaldo fez massagem cardíaca tentando reanimar Welington até a chegada do Corpo de Bombeiros.

“Houve negligência por parte do Corpo de Bombeiros e da Guarda Civil, que demoraram a deslocar até a escola para prestar o socorro”, segundo o empresário que também confirmou que foram várias ligações para a base do Corpo de Bombeiros que demorou cerca de 20 minutos para chegar até a escola.

“O corpo de Bombeiros, fez o melhor possível e mesmo após atraso de 20minutos, para o deslocamento, o CB demonstrou falhas na estrutura como falta de médicos e equipamentos adequados para tentar salvar a vida do paciente”, disse Edilson.

“A Guarda municipal também não teria condições de evitar a morte do rapaz de 20 anos, porque a viatura que está a disposição da população não possuiu estrutura de atendimento, é apenas uma unidade de transferência de pacientes para hospital, UPA e AME”, completou o empresário.

O diretor da Enferlife levanta uma reflexão sobre realização desses eventos esportivos, e lembrou que os organizadores deveriam ter o cuidado de manter no local uma viatura de suporte básico de salvamento com profissionais capacitados e equipamentos além de medicamento.

A Enferlife, empresa que ele dirige, atua em várias cidades do estado de São Paulo, e é referência na prestação deste tipo de serviços foi oferecida à prefeitura de Santa Fé do Sul, que não mostrou interesse em contratá-los. Para Edilson, o morador de Santa Fé do Sul está desprotegido na prestação de suporte avançado de salvamento de pessoas. “Nossa empresa não conseguiu êxito em prestar este serviço para o poder público, e já passou da hora, do município, e dos órgãos fiscalizadores tomarem providências para que estas fatalidades não voltem a ocorrer. No momento há necessidade urgente que se institua esta modalidade de atendimento de emergência em Santa Fé do Sul”. disse.

Wellington dos Santos Silva foi sepultado no final da tarde desta quinta-feira (11) no cemitério São João Batista II em Santa Fé do Sul.