05/11/2018 19h43 - Atualizado em 05/11/2018 21h06

Santa Fé do Sul/Fernando Meligene conta como um argentino se tornou um tenista brasileiro de sucesso

Fininho chegou ao Brasil com 4 anos, e se naturalizou para ser campeão panamericano de tenis e 4º colocado na Olímpiada de Atlanta em 1996

O roteiro esportivo do Sesc volta a cidade com o tenista Fernando Meligeni, que participou de várias competições nacionais e internacionais estando entre os melhores tenistas do mundo. Fininho foi recepcionado pelo prefeito Ademir Maschio e o Vice Alcir Zaina além do secretário de esportes Henrique Alssuffi.

Fernando Meligene deu uma rápida clínica sobre a modalidade, falou também de sua carreira e como o tênis surgiu na sua vida e valorizou a presença do professor da modalidade e na educação física.

Os alunos puderam participar diretamente das demonstrações de Meligeni que foi simpático e atencioso com todos que estiveram no ginásio Antonio Ramom do Amaral.

O objetivo do Sesc é levar até as cidades do interior um atleta de renome para transmitir a experiência e os conhecimentos na modalidade aos profissionais do esporte e aos futuros atletas.

Meligene nasceu na Argentina mas adotou o Brasil como sua nação para crescer como esportista e como ser humano. Meligene veio para o Brasil aos 4 anos, mas logo se naturalizou. Sua primeira olimpíada foi em Atlanta em 1996 onde ficou em quarto lugar e também conquistou o título de campeão panamericano.

Fernando Meligene, como um argentino se tornou um tenista brasileiro de alto nível?

Primeiro que a fronteira está aberta, tem que acabar esse pensamento se é brasileiro, se é russo ou se é argentino, o importante são as pessoas que vem prá cá para tentar ajudar. Eu sei da importância que eu tenho para o brasileiro, tanto na época que eu jogava, quanto agora, eu tento estar próximo dessa “molecada” para demonstrar o esporte e ser um porta bandeira e eu percebo que as pessoas reconhecem tudo isso que fui para o esporte, do meu esforço quando saia de casa para jogar, e até hoje deixo minha família para vir bater bola com essa molecada.

Você respondeu a um aluno se você possui o Instituto de Formação de Tênis para crianças, isso foi uma cobrança indireta para a falta de incentivo do poder público?

Temos que diferenciar o papel que cabe ao atleta, do ministério dos esportes, dos órgão públicos; prefeitura e estado, acho que isso é o grande ponto a ser debatido, por exemplo aqui em Santa Fé do Sul a Prefeitura construiu uma quadra de tênis pública em um cidade que é considerada pequena que dá a oportunidade para os que querem jogar tênis e muitas vezes não se vê um equipamento dessa qualidade como de Santa Fé que está incentivando desta forma a praticar a modalidade. E minha presença aqui pretende incentivar o secretário de esportes Henrique e o Prefeito Ademir a investir no esporte.

Somos o país de Maria Ester Bueno, Guga, Fininho e como você projeta o Futuro do Tênis País?

Fazendo um trabalho sério o País pode voltar a ter grandes jogadores, temos bons tenistas no circuito mundial atualmente, casos de Thiago Monteiro, Rogerinho e Thomaz Bellucci, mas cada vez precisamos de mais, e isso só vai acontecer se colocarmos mais gente nas quadras.

Como você analisa o nível Nadal, Djockovic e Federer há tanto tempo no grand slam?

O sérvio Novak Djokovic, o Espanhol Rafael Nadal e o espanhol Roger Federer , são demais, isso faz parte da evolução, o nível que eles alcançaram, eles treinam duro, se dedicam bastante e quem sabe os brasileiros possam chegar nos lugares mais altos do esporte e se tornarem novamente um jogador de elite como já tivemos no caso de Guga, Maria Ester Bueno etc...