24/02/2018 11h44 - Atualizado em 24/02/2018 11h44

SantaFéPrev: Consultor faz relatório e aponta superávit de 2,03% no 4º trimestre de 2017

Evolução nominal do patrimônio foi de 19,43% em relação ao patrimônio a 2016.

O relatório foi apresentado no início de 2018 e tem por finalidade apresentar a evolução patrimonial e os principais aspectos dos investimentos dos recursos financeiros do SANTAFEPREV, no 4º Trimestre de 2017, nos trazendo também um panorama de todo o ano passado, em consonância com a legislação em vigor, a transparência da gestão e a vigência do contrato de consultoria de investimentos firmado com a MAIS VALIA Consultoria em 2017. Eis o relatório:

1- POSIÇÃO DE ATIVOS: Em 29/12/2017 (último dia útil de 2017) o patrimônio líquido do SANTAFEPREV era de R$ 50.591.112,24 o que representou uma evolução nominal de 19,43% em relação ao patrimônio de R$ 42.357.888,82 em 30/12/2016, evidenciando que ele se manteve em crescimento no ano de 2017.

2 - ALOCAÇÕES: No tocante a distribuição dos recursos nos artigos da Resolução 3.922/10 e até este momento o SANTAFEPREV vem mantendo a totalidade de seus recursos aplicados em fundos de investimentos de 9 gestores. Entretanto, diante da redução das taxas de juros, face ao menor quadro inflacionário, há necessidade de uma maior revisão interna do nível de aceitação de risco x retorno de forma a se permitir uma maior diversificação de ativos e fundos de investimentos direcionados para RPPSs, de forma a consolidar a diversificação de prestadores de serviços de gestão dos recursos financeiros previdenciários do SANTAFEPREV.

3 - RENTABILIDADES: A rentabilidade nominal acumulada no ano de 2017 foi de 10,15% situando-se acima de sua meta atuarial com um superávit de 2,03 pontos percentuais, apesar da rentabilidade de 0,7 ponto percentual abaixo da meta atuarial no 4º trimestre. Este resultado anual foi muito bom, apesar das volatilidades no cenário econômico, e diante das incertezas políticas no Brasil neste período, ficando alinhada e em consonância com a manutenção dos fundos presentes na carteira ao longo de 2017, e com aportes dos novos recursos naquelas alternativas que se mostraram: com maiores perspectivas de retornos, adequada relação risco x retorno, e bom nível de liquidez para eventuais resgates visando realocações na carteira de investimentos, ou para atender o custeio administrativo e previdenciário.

4 - RISCOS: Os riscos da carteira de investimentos do SANTAFEPREV são baixos, apresentando esse comportamento ao longo de todo o ano de 2017, como fica evidenciado na figura abaixo, quando a volatilidade anual da carteira (risco de mercado) ficou em 5,43%; no tocante ao risco de crédito na medida em que há uma concentração dos recursos investidos em fundos com carteiras formadas exclusivamente por títulos públicos federais (71% no fechamento do ano passado), também podemos afirmar que este fator de risco foi bem gerenciado. Nos demais fundos, com eventual presença de títulos de emissores privados, os gestores selecionados têm severos critérios de avaliação para a sua inclusão na carteira de investimentos dos fundos investidos pelo SANTAFEPREV.

5 - CONSIDERAÇÕES: Consideramos que a estrutura da carteira continua adequada, assim como foram as movimentações efetuadas no período, privilegiando os fundos com benchmark CDI e índices ANBIMA por serem mais conservadores e com carteiras de menor prazo médio. Tais aplicações se aproveitaram da redução da Taxa Básica de Juros da economia brasileira (Taxa SELIC). Diante das incertezas políticas no Brasil, que estiveram presentes ao longo de 2017, e com certeza, continuarão ao longo de 2018, sugerimos a manutenção do posicionamento do SANTAFEPREV em direcionar recursos para fundos conservadores e moderados, e de carteiras com menor duração (duration), inclusive junto às maiores instituições financeiras do Brasil, ou com notória expertise na constituição e gestão em determinados veículos financeiros e segmentos de fundos previstos em legislação. Sugerimos ainda, nesta linha, e diante da perspectiva de manutenção da Taxa SELIC, próxima ao patamar de fechamento de 2017, ao longo de 2018, além de uma recuperação mais substancial do crescimento econômico, um aumento percentual dos recursos direcionados para o segmento de renda variável, conforme estabelecido em sua política de investimentos.

Ronaldo Borges da Fonseca 

Economista – CORECON 1639 -1 – 19ª Região

CVM – Consultor de Valores Mobiliários

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