Na semana em que Santa Fé do Sul e Região receberam a “ilustre” visita do Secretário Nacional da Pesca e Aquicultura do Governo Federal, na última quarta-feira, dia 13 de fevereiro Jorge Seif Junior, que passeou pelas pisciculturas e empresas da cidade e região, a Associação Brasileira da Piscicultura (PEIXE BR), lançou no mesmo dia na capital paulista o Anuário 2019 da Psicultura Nacional que divulgou os números da Psicultura e Aquicultura Brasileira.
Depois de conceder entrevista ao site informamais (http://www.informamais.com.br/Site/Paginas/Santa-Fe-do-Sul--Secretario-da-Pesca-e-Aquicultura-diz-que-meta-e-aumentar-consumo-do-brasileiro-/4067), Seif Junior viajou para a capital paulista para participar do lançamento do Anuário 2019. Na entrevista, o Secretário Nacional revelou que sua missão é fazer aumentar o consumo de peixes entre os brasileiros e que vai defender a bandeira da desborocratização para o crescimento do setor. Seif Junior de 41 anos é produtor rural, administrador de empresas e empresário do estado de Santa Catarina na indústria da pesca.
O anuário da PeixeBR destaca que o Brasil produziu 722.560 toneladas de peixes de cultivo em 2018, com crescimento de 4,5% sobre as 691.700 toneladas do ano anterior.
A PeixeBR informa em sua Anuário o mundo produziu 84 milhões de toneladas de peixes de cultivo em 2018. Foram 4 milhões de toneladas a mais do que no ano anterior. Incluindo os peixes de captura, foram cerca de 176 milhões de toneladas, em 2018.
Censo da Aquicultura Brasileira.
O Censo Agropecuário 2017, do IBGE, mostrou a força da Aquicultura no Brasil e segundo o levantamento da Associação em todo território nacional o número de estabelecimentos que investem na criação de peixes, camarões e crustáceos em geral totalizaram 455.541 unidades de criação em todo o país. A região Sul lidera com 273.015 estabelecimentos (60%), seguida por: Sudeste (57.074), Nordeste (48.881), Norte (48.286) e Centro-Oeste (28.285).
O aumento de contribuição na produção total foi exclusivamente dos peixes de cultivo. Nesse ritmo, em um ou dois anos, haverá inversão de liderança, com os peixes de cultivo superando os de captura em termos globais. A Tilápia lidera a produção de peixes de cultivo no mundo. Segundo organismos internacionais, em 2018 foram produzidos praticamente 6 milhões de toneladas. O Brasil contribuiu com cerca de 400.000 t: 6,67% do total global. Com esse resultado, o país consolidou a 4ª posição entre os maiores produtores mundiais. A liderança absoluta é da China, que produziu 1,86 milhão de toneladas de Tilápia e deve atingir 1,93 milhão t, em 2019. Indonésia (1,25 milhão t) e Egito (860.000 t) mantêm-se à frente do Brasil no ranking global. Nosso país amplia para 70.000 toneladas a distância das Filipinas, 5ª colocada.
O Anuário também aponta em seu terceiro levantamento que em 2016, o país produziu 640.510 t; em 2017, passou para 691.700 t; e, em 2018, atingiu 722.560 t.
Tilápia
O Brasil produziu 400.280 toneladas de Tilápia em 2018, com crescimento de 11,9% em relação ao ano anterior (357.639 t). Com esse desempenho, a espécie representa 55,4% da produção total de peixes de cultivo (era de 51,7% em 2017). O Brasil mantém a 4ª posição mundial de Tilápia, atrás China, Indonésia e Egito, à frente de Filipinas e Tailândia. Segundo o Censo Agropecuário IBGE, a Tilápia está presente em todos os estados brasileiros. Os cinco estados líderes em produção de Tilápia representam 70,5% do total.
Produção em São Paulo
São Paulo desponta como um dos polos mais eficientes do território nacional para produção de peixes de cultivo. A produção da piscicultura de São Paulo houve um crescimento de 5,3% referente ao ano de 2017. Em 2018 foram produzidas 73.200 toneladas, em 2017 69.500 t e em 2016 65.400 t.
Entre as espécies mais produzidas em 2018 a Tilápia liderou com 69.500 toneladas, peixes nativos produção de 3.300 e Carpas, Truta e Panga 400 toneladas.
Paraná Lidera ranking de Produção
O Paraná lidera o ranking de produção e em 2018 cresceu 16%, saltando de 112.000 t para 129.900 t. Destaque do ranking estadual da Piscicultura brasileira é São Paulo, que superou Rondônia e assumiu a segunda colocação, com 73.200 t. O crescimento do estado foi de 5,3%. Rondônia enfrentou problemas ambientais, mercadológicos e sanitários e recuou 5,5%, produzindo 72.800 t. Entre os 10 maiores produtores de peixes de cultivo do país, outros destaques foram o Maranhão, cuja criação saltou expressivos 47,4%, atingindo 39.050 t. Com isso, o estado passou para a 6ª posição entre os estados. Entre os destaques negativos, Goiás perdeu duas posições e atualmente é o 8º maior produtor de peixes de cultivo, com 30.630 t. O Amazonas também enfrentou diversos problemas, especialmente sanitários, e saiu da 8% para a 16ª posição (15.270 t). A novidade do top 10 por estados é o Mato Grosso do Sul, que atingiu 25.850 t.
(fonte: anuário PpeixeBR)
