26/12/2017 09h00 - Atualizado em 26/12/2017 09h00

Varejo na região cria 517 postos de trabalho em outubro, aponta Fecomercio

Segundo pesquisa da Entidade, o estoque total de empregados formais do setor na região cresceu 0,8% em relação a outubro de 2016

 

Segundo pesquisa da Entidade, o estoque total de empregados formais do setor na região cresceu 0,8% em relação a outubro de 2016

 

Em outubro, o comércio varejista na região de São José do Rio Preto criou 517 postos de trabalho, resultado de 3.066 admissões contra 2.549 desligamentos. Em 12 meses, foram 638 empregos com carteira assinada a mais, um crescimento de 0,8% em relação a outubro de 2016, o que fez o varejo regional encerrar o mês com um estoque de 80.327 trabalhadores formais.

As informações são da Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PESP), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), elaborada com base nos dados do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e o impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo, obtido com basena Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

Entre as nove atividades pesquisadas, cinco apresentaram recuo no estoque de empregos em outubro, na comparação com o mesmo mês de 2016. As quedas mais expressivas foram observadas nos segmentos de concessionárias de veículos (-2%) e de outras atividades (-1,7%). Os segmentos que mostraram as maiores variações positivas foram os de supermercados (3,4%) e de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (2,9%).

Desempenho estadual

Em outubro, o comércio varejista no Estado de São Paulo criou 7.121 postos de trabalho, o segundo melhor desempenho em 2017, resultado de 77.839 admissões e 70.718 desligamentos. Foi o quarto mês consecutivo de geração de empregos formais. Com isso, o varejo paulista encerrou o mês com um estoque ativo de 2.073.078 trabalhadores formais. No acumulado do ano, o saldo ainda é negativo em quase 9.805 empregos formais, impactado pelo setor de lojas de vestuário, tecidos e calçados, com 13.190 vagas a menos. Após 29 meses consecutivos, o saldo acumulado dos últimos 12 meses voltou a ficar positivo, o que não ocorria desde abril de 2015. Entre novembro de 2016 e outubro de 2017, foram criados 834 empregos com carteira assinada.

A assessoria econômica da FecomercioSP reforça que os números do mercado de trabalho formal no comércio varejista do Estado de São Paulo em outubro são realmente muito animadores. É o segundo melhor resultado para 2017 após a estabilidade apurada no mês de setembro, e o processo de reação fica mais evidente ao verificar que em todos os meses deste segundo semestre o número de admissões foi superior ao de desligamentos.

Entre as nove atividades pesquisadas, sete criaram empregos formais. O segmento mais expressivo foi o de supermercados, que abriu 2.486 postos de trabalho. Na sequência estão as atividades de lojas de vestuário, tecidos e calçados, com 1.923 vagas, e de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos, com 980 novos vínculos. Os setores de lojas de móveis e de decoração e concessionárias de veículos fecharam 46 e 143 postos de trabalho, respectivamente.

Conforme destacado anteriormente, o varejo paulista voltou a registrar saldo positivo de empregos no acumulado dos últimos 12 meses. A geração de postos de trabalho nesse período foi impulsionada pelos setores de supermercados e de farmácias e perfumarias. Entre novembro de 2016 e outubro de 2017, essas duas atividades geraram 10.931 e 4.139 empregos formais, respectivamente, registrando também as duas maiores taxas de crescimento do estoque de trabalhadores – 1,7% e 2,5%, respectivamente. Por outro lado, as maiores taxas de retração foram apuradas pelas concessionárias de veículos (-2,5%) e pelas lojas de móveis e decoração (-2,3%).

A FecomercioSP afirma que, com inflação baixa, juros em queda e retração do desemprego, naturalmente a propensão a consumir das famílias se fortalece, resultando em aumento de receita para os estabelecimentos comerciais e, consequentemente, geração de novas vagas com carteira assinada. Diante desse quadro, as projeções seguem otimistas para o mês de novembro, principal no quesito de geração de vagas, já que antecede o Natal, a data mais importante para o setor.

Nota metodológica

A Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PESP) analisa o nível de emprego do comércio varejista. O campo de atuação está estratificado em 16 regiões do Estado de São Paulo e nove atividades do varejo: autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; lojas de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamento; matérias de construção; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecido e calçados; supermercado e outras atividades. As informações são extraídas dos registros do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e o impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo, com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

Sobre a FecomercioSP

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) é a principal entidade sindical paulista dos setores de comércio e serviços. Congrega 143 sindicatos patronais e administra, no Estado, o Serviço Social do Comércio (Sesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). A Entidade representa um segmento da economia que mobiliza mais de 1,8 milhão de atividades empresariais de todos os portes. Esse universo responde por cerca de 30% do PIB paulista – e quase 10% do PIB brasileiro – gerando em torno de 10 milhões de empregos.