A Polícia Militar de Santa Fé do Sul foi acionada na tarde desta quarta feira (22) para atender uma denúncia de agressão doméstica não Rua Rio São Francisco, número 502. No local os policiais encontraram a aposentada de 65 anos de idade, E.P.O com ferimentos na cabeça provocados por golpes de garrafa desferidos pelo seu marido N.P.O de 68 anos, também aposentado.
Um menino de 9 anos de idade também foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros. A criança V.O foi encontrada no banheiro gritando com fortes dores na perna direita devido a agressões provocadas pelo autor.
Durante a detenção do autor, o aposentado se manteve calado e segundo sua esposa o marido já tinha feito outras agressões, mas que sempre teve medo de denunciá-lo á Polícia.
Uma testemunha disse que ouviu os gritos da criança e logo entrou na casa para prestar socorro e deparou com a mulher de 65 anos sangrando na cabeça e a criança que estava no banheiro que tinham acabado de ser espancados pelo autor de 68 anos.
O autor foi conduzido para a Delegacia de Polícia onde foi lavrado o flagrante delito de Violência Doméstica. O delegado arbitrou fiança de R$1000,00, mas N.P.O não pagou e foi levado para a cadeia da cidade de Jales.
A violência doméstica e familiar é a ação ou omissão baseada no gênero que cause à mulher morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial, entretanto afirma ser a relação íntima de afeto o relacionamento estreito entre duas pessoas, que pode estar alicerçado em amizade, amor, simpatia, dentre outros sentimentos de aproximação, sendo necessária a coabitação entre agressor e a ofendida.
Referente à pena do delito a pena de lesão corporal passou a ser qualificada quando se tratar de violência doméstica passou a ser estabelecida entre três meses a três anos.
Pesquisa divulgada no final de 2014 realizada pelo Instituto Avon e Data Popular sobre Violência Doméstica e a Lei "Maria da Penha":
96% dos jovens aprovam a Lei Maria da Penha;
96% reconhecem a existência de machismo no Brasil;
66% das mulheres afirmaram positivamente quando questionadas (com base em uma lista de agressões apresentadas) terem sofrido algum tipo de ataque;
55% dos homens admitiram ter xingado, empurrado, ameaçado, ter dado tapa, impedido de sair de casa, proibido de sair à noite, impedido o uso de determinada roupa, humilhado em público, obrigado a ter relações sexuais, entre outras agressões;
43% dos jovens entrevistados afirmaram terem visto a mãe ser agredida pelo parceiro;
68% mulheres declararam já ter levado uma cantada ofensiva;
44% mulheres afirmaram terem sido tocadas ou assediadas por homens em festas; e
31% mulheres já foram molestadas no transporte público.